Bolsonaro aprofunda guerra contra Pablo Marçal e relembra vídeo com críticas do ex-coach

47 - O ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) aumentou a ofensiva contra o ex-coach Pablo Marçal (PRTB), candidato à Prefeitura de São Paulo, ao divulgar um vídeo com críticas ao adversário nesta quinta-feira (22). A ação ocorre em meio ao crescimento de Marçal nas pesquisas, o que tem causado preocupação na campanha de Ricardo Nunes (MDB), atual prefeito da capital paulista e apoiado por Bolsonaro.

O vídeo, compartilhado no canal oficial de Bolsonaro no WhatsApp, que reúne cerca de 1,2 milhão de seguidores, exibe momentos em que Marçal tece duras críticas tanto a Bolsonaro quanto ao presidente Lula (PT), destaca o jornal O Estado de S. Paulo. Em várias declarações, o ex-coach classifica os dois como "populistas" e "farinha do mesmo saco", afirmando que ambos representam a mesma coisa, com a diferença de que “um deles não tem um dedo”. Além disso, Marçal critica a ideia de que um “messias” possa ser responsável por toda a nação, em uma clara referência a Bolsonaro.

Embora tenha declarado apoio à reeleição de Ricardo Nunes, Bolsonaro já fez observações ambíguas sobre o prefeito, indicando que ele “não é o candidato dos sonhos”. Ao mesmo tempo, Bolsonaro chegou a elogiar Marçal, descrevendo-o como uma pessoa “inteligente e com virtudes”, antes de mudar de postura e acusá-lo de mentir sobre nunca ter pedido votos a ele.

Mais cedo, Bolsonaro deu uma "patada" em Marçal. Em uma postagem em que o ex-presidente falava sobre uma suposta "revolução ferroviária" que teria sido implementada no Brasil durante seu governo, Pablo Marçal comentou: "Pra (sic) cima capitão. Como você disse: eles vão sentir saudades de nós". Bolsonaro, então, respondeu com ironia: "Nós? Um abraço".

Marçal não gostou da mensagem de Bolsonaro e retrucou, irritado: "Isso mesmo, presidente. Coloquei 100 mil na sua campanha, te ajudei com os influenciadores, te ajudei no digital, fiz você gravar mais de 800 vídeos. Por te ajudar, entrei para a lista de investigados da PF. Se não existe o nós, seja mais claro".