Candidatura de Hugo Motta divide a base parlamentar do PT
Hugo Motta é aliado de Eduardo Cunha, Michel Temer e Jair Bolsonaro
247 - A candidatura de Hugo Motta (Republicanos-PB) tem gerado controvérsias dentro do PT. A principal crítica é por conta de sua base de apoio, composta por partidos fortemente associados a Jair Bolsonaro. Setores mais radicais do PT argumentam que Motta, se assumir a presidência, representaria uma continuidade da influência bolsonarista no Legislativo, o que tem sido descrito como “dormir com o inimigo”.
Esses críticos apontam que, com Motta no comando, o presidente Lula ficaria dependente de figuras como Valdemar da Costa Neto, Ciro Nogueira, e Tarcísio de Freitas. Essa aliança, segundo eles, poderia comprometer a agenda progressista do governo e colocar em risco a governabilidade, ao submeter Lula aos interesses de líderes que historicamente se opuseram ao PT.
Nova frente pró-governo - Por outro lado, Gilberto Kassab e Elmar Nascimento apresentam um cenário otimista para o governo, destacando uma base sólida e fiel ao presidente. Nos dois últimos anos de mandato, considerados cruciais para a reeleição de Lula, a adesão do PT a este bloco garantiria os votos necessários para aprovar projetos governamentais, evitando negociações com partidos de direita.
Essa aliança pode recriar uma base confortável, similar à dos dois primeiros mandatos de Lula. Lideranças apontam que PP, PL e Republicanos devem caminhar juntos numa candidatura pró-Bolsonaro ou de seu indicado nas eleições de 2026.
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