Relatório da PF aponta participação de Braga Netto em dois núcleos golpistas
Relatório final mostra que ex-ministro participou de ações para incitar militares e executar medidas coercitivas
247 - A Polícia Federal (PF) revelou que o general Walter Braga Netto, ex-ministro da Defesa e candidato a vice na chapa de Jair Bolsonaro (PL) em 2022, desempenhou papéis centrais em dois dos seis núcleos identificados na trama golpista que visava desestabilizar o sistema democrático após as eleições. De acordo com o relatório final, tornado público após a decisão do ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), Braga Netto esteve envolvido no "Núcleo Responsável por Incitar Militares à Aderirem ao Golpe de Estado" e no "Núcleo Operacional para Cumprimento de Medidas Coercitivas". Essas frentes articulavam estratégias para conquistar apoio militar e intimidar aqueles que resistiam às investidas do grupo.
As investigações apontam que o general teve um papel ativo ao identificar alvos para amplificação de ataques pessoais e por incitar apoio entre militares e integrantes de outros núcleos da conspiração. Os indiciados, que somam 37 pessoas, incluindo o ex-presidente Jair Bolsonaro, teriam planejado suas ações de forma coordenada, com divisões claras de tarefas entre os grupos. Entre os núcleos, destacam-se os de desinformação, jurídico, inteligência paralela e operacional. A individualização das condutas, segundo a PF, foi essencial para detalhar a organização e as ações criminosas.
Os crimes atribuídos ao grupo incluem a tentativa de abolição violenta do Estado Democrático de Direito, golpe de Estado e organização criminosa. A quebra de sigilo revelou ainda que os núcleos golpistas usavam diferentes estratégias, como a disseminação de desinformação contra o sistema eleitoral e a execução de medidas coercitivas contra opositores.
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