MDB discute candidatura própria ao Planalto e ala do partido abre debate sobre saída da aliança com Lula
Com apoio de Michel Temer, partido inicia caravanas regionais e avalia nome do governador Helder Barbalho como presidenciável em 2026
247 - O MDB deu início nesta semana a um movimento interno que pode redefinir sua posição no cenário político nacional até 2026. Com aval de figuras como o ex-presidente Michel Temer, dirigentes do partido começaram a organizar debates estaduais para discutir a possibilidade de lançar um candidato próprio à Presidência da República e, eventualmente, romper com a frente ampla que compõe a base do governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT).
A estratégia, segundo a CNN Brasil, inclui não apenas avaliar nomes para a disputa presidencial, mas também projetar alianças locais, construir um plano de governo e discutir a atuação política da legenda nos próximos dois anos.
A iniciativa está sendo conduzida por Baleia Rossi, deputado federal e presidente nacional do MDB, em articulação com o também deputado Alceu Moreira, que comanda a Fundação Ulysses Guimarães — entidade ligada à formulação ideológica do partido. O ex-ministro Aldo Rebelo ficará responsável pela coordenação das chamadas caravanas, que percorrerão diferentes estados com o objetivo de ouvir as bases e fortalecer o discurso em favor de uma candidatura emedebista.
Baleia Rossi, que atuou como coordenador político da campanha de reeleição do prefeito Ricardo Nunes (MDB) em São Paulo, tem reiterado nos bastidores que o MDB precisa recuperar protagonismo nacional. Em reuniões internas, ele tem defendido que a legenda assuma uma postura crítica à polarização entre Lula e os herdeiros do bolsonarismo, propondo uma terceira via de centro como alternativa para o país.
Ainda de acordo com a reportagem, o nome que desponta com mais força entre os emedebistas é o de Helder Barbalho, governador do Pará e um dos aliados mais próximos de Lula no Norte do país. A boa avaliação de sua gestão estadual e a visibilidade conquistada com a organização da COP30, que ocorrerá em Belém no fim do ano, colocam o paraense como favorito na disputa interna.
Mesmo com a proximidade entre Barbalho e o presidente da República, lideranças do MDB avaliam que sua candidatura pode ser construída como uma opção moderada, com discurso nacional voltado ao equilíbrio fiscal e à estabilidade institucional.
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