Múcio resiste a apelos para permanecer à frente do Ministério da Defesa
Segundo interlocutores, intenção do ministro da Defesa, José Múcio Monteiro, é não ficar mais que três meses à frente do comando da pasta
247 - O ministro da Defesa, José Múcio Monteiro, tem sido alvo de inúmeros apelos para não deixar o governo, mas parece determinado a seguir com a decisão de se afastar da Esplanada dos Ministérios. Em conversa recente com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva, há menos de um mês, Múcio reiterou seu desejo de deixar o cargo, mas o presidente foi enfático ao solicitar sua permanência. No entanto, os apelos não têm sido suficientes para mudar sua posição.
Segundo a coluna da jornalista Bela Megale, do jornal O Globo, fontes próximas ao ministro avaliam que a decisão de Múcio de deixar o cargo é firme e sua intenção é não ficar mais que três meses à frente do comando da pasta da Defesa. Apesar das tentativas de convencimento por parte de Lula e da expectativa do Palácio do Planalto de que o ministro reconsidere, a situação continua sem mudanças. Ainda conforme a reportagem, o presidente reconhece que Múcio é quem possui mais habilidade para intermediar a relação delicada entre o governo e as Forças Armadas.
Na cúpula das Forças Armadas, a avaliação também é positiva em relação a Múcio. Ele é visto como a melhor escolha para a função, dado seu histórico de diálogo e capacidade de mediar as tensões que existem entre as Forças e o governo federal. Porém, esse consenso não tem sido suficiente para dissuadir o ministro de sua decisão.
Em sua gestão, Múcio tem enfrentado desafios consideráveis, como a crise provocada por um vídeo da Marinha divulgado no início de dezembro, que criticava o pacote de ajuste fiscal proposto pelo Ministério da Fazenda, que incluía mudanças na aposentadoria dos militares. Para minimizar a tensão, o ministro agiu rapidamente, organizando uma conversa entre o presidente Lula e o comandante da Marinha, Marcos Sampaio Olsen, para acalmar os ânimos.
Agora, Múcio tem uma nova missão pela frente: participar, ao lado dos chefes das Forças Armadas, de um ato para marcar os dois anos dos ataques golpistas de 8 de janeiro.
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