Planalto avalia que Múcio só deixará o comando da Defesa 'se quiser'
José Múcio pretende aproveitar o recesso de fim de ano para descansar com a família e refletir sobre sua permanência à frente do Ministério da Defesa
247 - No último dia 17, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva recebeu a visita do ministro da Defesa, José Múcio Monteiro, em sua residência em São Paulo, onde ainda se recuperava de uma cirurgia recente. Durante cerca de duas horas, eles se reuniram para discutir o futuro do governo, as relações institucionais com as Forças Armadas e, também, a permanência de Múcio à frente da pasta.
Na ocasião, o ministro teria sinalizado ao presidente que acredita ter cumprido a missão inicial que lhe foi delegada e sinalizou que pretende entregar o cargo. Entretanto, segundo a coluna da jornalista Carla Araújo, do UOL, interlocutores do Planalto avaliam que Lula não considera afastar o ministro e que Múcio só deixará o cargo se assim desejar, uma vez que sua atuação é reconhecida tanto no governo quanto entre os militares.
Desde o início de sua gestão, em 2023, Múcio destacou que o tempo necessário para cumprir sua missão era incerto. "Pode ser um ano, dois, três, quatro", afirmou à época. Agora, quase dois anos depois, há um consenso de que as relações entre governo e Forças Armadas melhoraram significativamente.
No entanto, desafios ainda permanecem. A aprovação de uma PEC que visa afastar os militares da política continua emperrada, e Múcio atua como uma barreira protetora para a categoria em discussões sobre cortes de benefícios. Recentemente, o governo enviou ao Congresso um projeto de lei que estabelece idade mínima de 55 anos para aposentadoria dos militares, tema que promete trazer novos embates em 2025.
Apesar das especulações sobre sua saída, fontes militares afirmam que o ministro não tratou do assunto com os comandantes. No círculo militar, Múcio é bem avaliado. "Gostamos dele" e "torcemos para que ele fique" são respostas recorrentes entre os oficiais. A conversa entre Lula e Múcio também alimentou especulações sobre uma reforma ministerial em 2025.
O nome do vice-presidente Geraldo Alckmin já foi cotado como potencial substituto na Defesa, caso Múcio decida sair. Entretanto, auxiliares ressaltam que as peças do "xadrez ministerial" ainda estão longe de serem definidas. Enquanto isso, Múcio pretende aproveitar o recesso de fim de ano para descansar com a família e refletir sobre os próximos passos.
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