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    "O Lula não 'acaba' porque eu sou uma parte das aspirações do povo brasileiro", diz o presidente

    Em discurso forte, o presidente afirmou que a economia brasileira superará todas as expectativas e disse que seu objetivo é devolver o Brasil à posição de 6ª economia mundial

    Luiz Inácio Lula da Silva (Foto: Ricardo Stuckert/PR)

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    247 - O presidente Lula (PT) fez uma fala forte ao final da entrevista coletiva que concedeu neste sábado (15), por ocasião do encerramento da reunião do G7, na Itália. Ele garantiu que a economia brasileira superará todas as expectativas neste ano e disse que seu objetivo é encerrar o mandato em 2026 tendo devolvido o país à posição de 6ª maior economia do mundo. 

    O presidente também rebateu as críticas sobre os gastos do governo com a camada mais pobre da população e lembrou da desigualdade - inclusive tributária - que impera no Brasil. "Nunca antes na história do país houve um presidente da República que tivesse a preocupação de cuidar do povo. E eu sei que isso incomoda. O nosso cuidado com as trabalhadoras domésticas incomoda, o nosso trabalho do Bolsa Família, garantindo que as pessoas tenham mais, incomoda, o nosso trabalho de diminuir o Imposto de Renda para quem até cinco [salários] mínimos, que é o que nós vamos fazer até terminar o meu mandato, incomoda. Porque nesse país a Petrobras acaba de pagar R$ 45 bilhões para os acionistas como dividendos e não ficou R$ 1 de Imposto Renda. O cidadão que tem uma herança paga menos Imposto de Renda do que o cara que ganha três salários mínimos. Então é preciso fazer uma reversão, que a gente está tentando fazer".

    O presidente disse que seguirá enfrentando as resistências e lembrou que o discurso de "o Lula acabou" já falhou outras diversas vezes. "A gente tem resistência, mas nós somos teimosos. As pessoas sempre acharam: ‘o Lula não vai ganhar as eleições para presidente, perdeu em 89, acabou com o Lula’. Eu voltei em 94, perdi outra vez: ‘o Lula acabou’. Aí veio 98 e eu me candidatei outra vez: ‘o Lula perdeu, o Lula acabou’. E eu não acabo, sabe por quê? Porque eu não sou eu. Eu sou vocês, eu sou uma parte das aspirações que o povo brasileiro tem. É isso. Então eu vou continuar trabalhando para que haja uma ascensão social nesse país capaz de a gente dar um salto de qualidade na vida do nosso povo. Eu vou provar isso. Tinha gente que falava: ‘o Lula agora, teve esse processo contra ele, ele acabou, é o fim dele’. Eu voltei. E não me provoquem mais, porque eu quero é terminar o meu mandato com a maior decência possível quero levar a economia brasileira a ser a 6ª economia do mundo até o final do meu mandato".

    "Nós chegamos a ser a 6ª em 2011, voltamos para a 12ª e agora já estamos na 8ª. Quando eu vejo as falas nos jornais, ‘o PIB vai crescer 0,8%, vai crescer 0,7%’, e quando cresce mais as pessoas ficam com vergonha de publicar. Quando dá muito emprego, foram 2,2 milhões de empregos em 15 meses e as coisas vão continuar acontecendo. A nossa economia vai crescer mais que todas as previsões negativas, nós vamos continuar gerando emprego, o governo vai continuar fazendo parceria com o setor privado para fazer investimentos, a gente vai continuar investindo em educação, em saúde. Nós precisamos dar ao povo o respeito que o povo merece", finalizou.

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