Bolsonaristas produzem 'contra-relatório' para desacreditar indiciamento de Bolsonaro no inquérito do golpe
Oposição bolsonaristas no Senado questiona a validade das acusações contra Bolsonaro e Costa Neto e acusa relatório da PF de ter sido "encomendado"
247 - A oposição no Senado elaborou um "contra-relatório" com 33 páginas rebatendo as conclusões apresentadas pela Polícia Federal no inquérito do golpe, que investiga supostas tentativas de Jair Bolsonaro e do presidente do PL, Valdemar Costa Neto, de contestar o resultado das eleições de 2022. O documento, assinado pelo gabinete do senador Rogério Marinho (PL-RN), atual líder da oposição no Senado, questiona a credibilidade do relatório final da PF, de 884 páginas, e afirma que ele teria sido "encomendado".
O "contra-relatório", intitulado Golpe de Estado ou Enredo dos Trapalhões? Um Indiciamento que Parece Encomendado, destaca o que considera contradições no relatório da Polícia Federal. Entre as alegações estão a interpretação errônea de diálogos como crimes de opinião e a falta de evidências conclusivas. A oposição também critica a forma como a PF tratou o papel das Forças Armadas, considerando que as conclusões do relatório estão fragilizadas por falhas jurídicas.
"No relatório, a Polícia Federal interpreta diálogos e manifestações de pensamento como crimes, sem que haja qualquer evidência de que houvesse a intenção de implementar esses atos com violência ou grave ameaça", afirma o texto oposicionista. A oposição agrupa as supostas falhas do relatório em categorias como contradições narrativas, falta de provas concretas e omissões quanto à participação das Forças Armadas.
Além disso, o documento questiona as acusações contra Bolsonaro, alegando que não há provas de que o ex-mandatário tenha se envolvido no planejamento de um golpe. Para a oposição, as opiniões de Bolsonaro sobre as urnas eletrônicas não devem ser consideradas como elementos suficientes para sustentar a acusação.
Em relação a Valdemar Costa Neto, o relatório da oposição afirma que não existem provas concretas de que ele tenha conhecimento de qualquer falha no relatório das urnas ou de um possível golpe de Estado.
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