Cães farejadores encontram explosivos na casa do homem-bomba de Brasília
Grupo Especializado em Bombas e Explosivos (GBE) da Polícia Federal foi acionado
247 - Na madrugada desta quinta-feira (14), policiais federais e militares, acompanhados pelo Corpo de Bombeiros, realizaram uma operação em um imóvel de Ceilândia, Distrito Federal, ligado a Francisco Wanderley Luiz, o "Tiu França", chaveiro de 59 anos que se explodiu em frente ao Supremo Tribunal Federal (STF). A informação foi reportada pela Folha de S. Paulo, que esteve no local enquanto as equipes realizavam buscas e verificações.
A operação teve início por volta das 22h, após a explosão que abalou a Praça dos Três Poderes e atingiu as proximidades de um anexo da Câmara dos Deputados. Moradores relataram que policiais à paisana cercaram o local antes da chegada das viaturas e dos cães farejadores da Polícia Militar. A presença de artefatos suspeitos levou o Grupo Especializado em Bombas e Explosivos (GBE) da Polícia Federal a ser acionado para investigar possíveis ameaças de bomba.
Por volta das 2h30, uma van do GBE chegou ao local com agentes especializados. Em meio à operação, duas pequenas explosões foram realizadas para desarmar eventuais dispositivos explosivos, gerando fumaça na residência. O Corpo de Bombeiros também foi acionado para apoiar a ação, que durou até cerca de 4h30. No local, que integra um conjunto de kitnets de aluguel, policiais relataram a presença de uma desordem generalizada com objetos espalhados, indicando uma possível preparação de artefatos.
Francisco Wanderley, que em 2020 se candidatou a vereador em Rio do Sul (SC) pelo PL, é o dono do carro encontrado com explosivos nas proximidades da Câmara dos Deputados. Ele publicou em suas redes sociais mensagens fazendo alusão a explosões e desafiando a Polícia Federal. Em uma das postagens, ele incitava as autoridades: “vamos jogar??? Polícia Federal, vocês têm 72 horas para desarmar a bomba que está na casa dos comunistas de merda”, escreveu.
Segundo testemunhas, entre elas o segurança do STF, Natanael Carmelo, Francisco carregava uma mochila e apresentava atitude suspeita próximo à estátua da Justiça. Em depoimento, Natanael relatou que Francisco retirou alguns objetos e, ao perceber a aproximação dos seguranças, abriu a camisa e os advertiu para não se aproximarem. No momento crítico, ele deitou no chão, acendeu um dos artefatos, e aguardou a explosão, que resultou em sua morte.
As autoridades continuam as investigações para entender as motivações do ato.
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