Explosões em frente ao STF serão investigadas como ato terrorista, diz diretor-geral da PF
"O que justifica o inquérito para apurar o ataque terrorista é justamente o cunho político desse ato", disse o diretor-geral da PF, Andrei Rodrigues
247 - A Polícia Federal (PF) instaurou um inquérito para investigar as explosões que ocorreram na noite de quarta-feira (13), em frente ao Supremo Tribunal Federal (STF), em Brasília. O caso está sendo tratado como um ato terrorista. "O que justifica o inquérito para apurar o ataque terrorista é justamente o cunho político desse ato. Já concluímos a varredura por parte da PF no local onde houve a explosão", disse o diretor-geral da corporação, Andrei Rodrigues, segundo o g1.
Durante a madrugada, as forças de segurança, incluindo a PF e a Polícia Militar do Distrito Federal (PM-DF), realizaram uma varredura na área em busca de outros possíveis artefatos explosivos. As investigações preliminares indicam que o homem responsável pelas explosões, identificado como Francisco Wanderley Luiz, morreu após detonar explosivos em frente ao STF. Ele havia alugado uma casa em Ceilândia, a cerca de 30 km da Praça dos Três Poderes, onde foram encontrados mais artefatos explosivos.
As duas explosões ocorreram com um intervalo de apenas 20 segundos, sendo a primeira em um carro estacionado no Anexo IV da Câmara dos Deputados. Em seguida, o ataque se concentrou em frente ao STF, quando Francisco Wanderley Luiz tentou ingressar no prédio. De acordo com testemunhas, ele mostrou artefatos presos ao corpo a um vigilante, deitou-se no chão e acionou um explosivo na nuca.
Equipes de bombeiros e militares especializados em explosivos foram acionadas e isolaram a área para realizar uma varredura. Até a última atualização, o corpo de Luiz ainda não havia sido retirado do local.
Como medida de segurança, as atividades no STF e na Câmara dos Deputados foram suspensas até o meio-dia desta quinta-feira (14), enquanto o Senado optou por cancelar o expediente. A Presidência da República ainda não se manifestou sobre a manutenção da agenda do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT).
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