Distrito Federal é líder em leitos de UTI no Brasil, com o dobro da média nacional

247 – Brasília, frequentemente reconhecida como a capital com a melhor qualidade de vida do Brasil, também se destaca em um setor essencial: a saúde. Segundo estudo da Associação de Medicina Intensiva Brasileira (Amib), o Distrito Federal possui 76,68 leitos de Unidade de Terapia Intensiva (UTI) por 100 mil habitantes, número que supera em mais de duas vezes a média nacional, de 36,06. A informação foi divulgada pela Agência Brasília, destacando o impacto dos investimentos na área.

De acordo com o governador Ibaneis Rocha, a marca é resultado de um trabalho contínuo iniciado em 2019, quando a gestão atual assumiu o desafio de reverter o sucateamento das unidades de saúde. "Sabíamos que um dos maiores desafios seria a saúde. Ampliamos e reformamos hospitais, construímos 12 UBSs, 7 UPAs e garantimos que a população tivesse acesso a uma estrutura digna e qualificada. A pandemia de covid-19 nos ensinou muito e trouxe aprendizados que consolidamos", afirmou o governador.

Expansão significativa dos leitos públicos

Desde 2018, os leitos de UTI na rede pública saltaram de 319 para 433, incluindo unidades de referência como o Hospital Universitário de Brasília, o Hospital da Criança de Brasília, o Hospital de Base e o Hospital de Santa Maria. Atualmente, a rede pública e os leitos credenciados somam 615 unidades disponíveis para atendimento à população.

A secretária de Saúde do DF, Lucilene Florêncio, ressaltou a importância da ampliação. "O compromisso do GDF em aumentar o número de leitos de UTI proporcionou uma rede sólida para atendimentos complexos, essenciais para salvar vidas e realizar cirurgias, inclusive as eletivas", explicou.

Além disso, o Distrito Federal possui uma rede credenciada com 182 leitos privados, em hospitais como Daher, São Francisco e Clínicas. Essa parceria amplia a capacidade de atendimento em situações de urgência e emergência.

Mais médicos intensivistas

Outro destaque do estudo da Amib é a densidade de médicos intensivistas no DF, que chega a 14,06 por 100 mil habitantes. O número é quase o dobro da média da região Sudeste (7,35) e quase três vezes superior ao do Mato Grosso do Sul (4,90). Esses profissionais são essenciais para o tratamento de pacientes em estado crítico, reforçando a capacidade de resposta da rede de saúde.

Na rede pública, há atualmente 961 profissionais atuando em UTIs, sendo 93 contratados desde 2019. Essa equipe atende em unidades como o Hospital Regional de Taguatinga, com 21 leitos, e o Hospital de Base, que concentra 86 leitos (66 adultos e 20 pediátricos).