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    Em recado a Bolsonaro, Moraes afirma que pandemia “não foi gripezinha”

    As declarações foram dadas em um julgamento no qual a Corte considerou inconstitucional uma lei de Uberlândia que impediu a vacinação compulsória

    Jair Bolsonaro e Alexandre de Moraes (Foto: Reprodução | Antonio Augusto/Secom/TSE)

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    Por InfoMoney - O ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), afirmou, nesta quarta-feira (6), que a pandemia de Covid-19 não foi uma “gripezinha”.

    O ministro também criticou o que classificou como negacionismo do governo brasileiro, à época, em relação à vacinação contra a doença.

    As declarações foram dadas durante o julgamento no qual a Corte considerou inconstitucional uma lei municipal de Uberlândia (MG) que impediu a vacinação compulsória da população e proibiu sanções contra quem não se vacinou em 2022.

    Durante a sessão do Supremo, Moraes disse que as medidas de restrição foram necessárias para evitar o crescimento do número de mortes no país.

    “Nós não estamos falando, como foi dito à época por alguns, de uma ‘gripezinha’. Estamos falando de uma pandemia mundial na qual mais de 700 mil brasileiros morreram. O Brasil foi o segundo país em números absolutos de mortes. Os primeiros foram os Estados Unidos. Lá, como aqui, houve negacionismo governamental no combate à Covid”, criticou Moraes.

    O ministro também relembrou as mensagens de desinformação que foram difundidas pelas redes sociais, como publicações que diziam que quem toma vacina “vira jacaré” ou que a pandemia era uma conspiração chinesa para o Brasil virar um país comunista. Todas essas afirmações foram, de alguma forma, difundidas pelo então presidente Jair Bolsonaro (PL), desafeto de Moraes.

    “Tudo isso, que hoje parece risível, foi trazido para que as pessoas não se vacinassem”, completou o ministro do Supremo.

    Por unanimidade, o plenário do STF confirmou a decisão individual do ministro Luís Roberto Barroso que suspendeu a lei municipal 13.691/2022 de Uberlândia. A decisão monocrática foi assinada em abril de 2022, mas precisava ser referendada pelo plenário.

    (Com Agência Brasil)

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