"Estão querendo juntar com 8 de janeiro, não tem nada a ver", diz Valdemar Costa Neto sobre atentado em Brasília
Francisco Wanderley Luiz, autor da tentativa de atentado contra o STF, foi candidato a vereador pelo PL, partido liderado por Valdemar Costa Neto
247 - O presidente nacional do PL, Valdemar Costa Neto, afirmou à CNN Brasil que Francisco Wanderley Luiz, de 59 anos, ex-candidato a vereador pelo Partido Liberal (PL) em 2020 e apontado que morreu ao tentar realizar um atentado a bomba contra o prédio do Supremo Tribunal Federal (STF), na noite desta quarta-feira (13), não era conhecido pela cúpula do partido e que suas ações não têm relação com os atos golpistas de 8 de janeiro do ano passado.
"Não conhecemos a pessoa. Ele foi candidato nosso em 2020. Estão querendo juntar com 8 de janeiro, não tem nada a ver. O Bolsonaro [Jair Bolsonaro] nem estava em 2020 no PL", declarou Costa Neto. Mais cedo, Bolsonaro também tentou se distanciar do caso e classificou o ataque como um “triste episódio” e um “fato isolado”, além de enfatizar a necessidade de “reflexão” e condenar “o uso de violência como meio de confronto de ideias”.
Além de ser filiado ao PL, Francisco Wanderley Luiz também participou de manifestações golpistas após a derrota de Jair Bolsonaro no pleito de 2022 e usava as redes sociais para manifestar o seu extremismo. Nos dias que antecederam o incidente, publicou mensagens enigmáticas, incluindo alertas à Polícia Federal para "desarmar a bomba" e ameaças a políticos e autoridades.
Ainda conforme a CNN, no dia do ocorrido, Francisco visitou o deputado Jorge Goetten (Republicanos-SC) na Câmara dos Deputados. Goetten, que foi filiado ao PL até o início deste ano, confirmou o encontro, mas não forneceu detalhes adicionais sobre a conversa. O parlamentar disse conhecer o extremista desde a juventude e que ele teria apresentado "sérios problemas mentais" após o divórcio. Goetten é do município de de Rio do Sul (SC), mesma cidade do autor do atentado.
As explosões da noite de quarta-feira ocorreram nas proximidades do Supremo Tribunal Federal (STF), levando à evacuação de ministros, servidores e colaboradores por motivos de segurança. A área foi isolada, e equipes especializadas foram acionadas para investigar o incidente.
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