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"Foi um equívoco", diz Maria do Rosário sobre veto de Lula ao fim das 'saidinhas' de presos

A deputada, do PT, contrariou a orientação do partido e do Palácio do Planalto e votou pela derrubada do veto presidencial

Maria do Rosário (Foto: Zeca Ribeiro/Câmara dos Deputados)

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247 - A deputada Maria do Rosário (PT-RS) se destacou recentemente por ter votado com a oposição ao governo Lula (PT) pela derrubada do veto presidencial às restrições para a "saidinha" de presos em regime semiaberto. A parlamentar, que já confirmou sua pré-candidatura à prefeitura de Porto Alegre, criticou a decisão do presidente Lula, classificando-a como um "equívoco".

Em entrevista ao jornal O Globo, Maria do Rosário explicou que sua postura, contrária à orientação do Palácio do Planalto, visava evitar "ataques rasteiros da extrema direita". A deputada, conhecida por sua trajetória ligada aos direitos humanos, buscou uma posição que permitisse maior diálogo e atenção a outros temas relevantes para a população.

"Se eu não criar condição para que a população me escute em outros temas, sempre estarei como alvo de ataques da extrema direita, então quis dialogar tirando o foco disso. Foi um equívoco o veto. Temos que debater de forma mais complexa temas como esse", declarou Maria do Rosário.

A decisão de Lula de manter o veto, recomendada pelo ministro da Justiça Ricardo Lewandowski, foi contrária às previsões dos ministros Rui Costa (Casa Civil) e Alexandre Padilha (Relações Institucionais), que já esperavam uma derrota no Congresso. O veto foi derrubado com uma ampla maioria: 314 votos na Câmara e 52 no Senado.

Além de Maria do Rosário, apenas outro integrante do PT, o senador Fabiano Contarato (ES), votou junto com a oposição para derrubar o veto.

Maria do Rosário tem mantido foco em temas de relevância estadual, acompanhando de perto as agendas do ministro Extraordinário de Apoio à Reconstrução, Paulo Pimenta, no Rio Grande do Sul. "Procurei com esse voto retirar o discurso extremista que tenta sempre desvirtuar nossos posicionamentos e sair dessa questão, em que eu sou alvo de ataques permanentes. Meu objetivo unicamente é centrar no debate de como o Rio Grande do Sul vai se recuperar", enfatizou a deputada.

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