Líder do PT, Odair Cunha afirma que o BC de Campos Neto sequestra recursos do povo brasileiro
Ele destacou que a economia brasileira não enfrenta pressões inflacionárias que justifiquem a manutenção dos juros atuais
247 – O líder do PT na Câmara dos Deputados, Odair Cunha (PT-MG), acusou a diretoria do Banco Central, liderada por Roberto Campos Neto, de atuar contra os interesses nacionais ao manter altas taxas de juros. Segundo Cunha, o Banco Central tem retirado recursos significativos da população brasileira para cobrir os custos da dívida pública. A declaração ocorreu nesta terça-feira, um dia antes da decisão do Comitê de Política Monetária (Copom) sobre a taxa de juros, que está fixada em 10,5% ao ano. Segundo ele, a eventual manutenção da taxa Selic significa “sequestro dos tributos pagos pelo povo brasileiro todos os dias”.
Cunha argumenta que não há justificativa para a manutenção ou aumento da taxa Selic, defendendo sua redução com base nos indicadores econômicos atuais. Ele destacou que a economia brasileira não enfrenta pressões inflacionárias que justifiquem a manutenção dos juros atuais e está em um processo de crescimento econômico equilibrado. A taxa atual, segundo ele, não reflete a realidade do país.
O parlamentar também criticou uma Proposta de Emenda à Constituição (PEC) em tramitação no Senado que dá autonomia financeira e administrativa ao Banco Central. Segundo Cunha, essa medida permite ao Banco Central retirar dinheiro da população sem restrições. Ele enfatizou a necessidade de recursos para investimentos em áreas como educação, saúde e infraestrutura, que estão sendo comprometidas pela alta taxa de juros.
Adicionalmente, Cunha apoiou um requerimento do deputado Merlong Solano (PT-PI) para que Roberto Campos Neto seja convocado a prestar esclarecimentos sobre a taxa de juros diante da Comissão Mista de Planos, Orçamentos Públicos e Fiscalização (CMO) do Congresso Nacional.
Por fim, o relatório trimestral de inflação do Banco Central indica que a taxa de juro real neutra é de 4,5% ao ano. Qualquer taxa acima de 8,46% ao ano tem efeitos contracionistas na economia, elevando o desemprego e reduzindo a renda da população, conforme o próprio Banco Central.
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