Economia

Copom define Selic hoje, com o presidente do Banco Central no alvo das críticas corretas do presidente Lula

Possibilidade de racha no Copom aumenta depois das declarações de Lula contra boicote de Roberto Campos Neto ao país

Lula e Roberto Campos Neto (Foto: Ricardo Stuckert/PR | Adriano Machado/Reuters)

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247 - A pressão do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) pela queda dos juros na véspera da decisão do Copom (Comitê de Política Monetária) aumentou a expectativa do mercado financeiro sobre o placar dos votos do colegiado do Banco Central.

A principal aposta dos neoliberais continua sendo a de que o colegiado decidirá nesta quarta-feira (19) de forma unânime pela manutenção da taxa básica de juros (Selic) no atual patamar de 10,5% ao ano. Mas a possibilidade de novo racha no grupo ganhou força depois das declarações de Lula contra Roberto Campos Neto, presidente do BC, informa o Painel da Folha de S.Paulo.

As atenções dos economistas estarão voltadas para o posicionamento dos quatro indicados pelo governo Lula –em especial para o voto de Gabriel Galípolo. Ex-número 2 do ministro Fernando Haddad (Fazenda), o diretor de Política Monetária do BC é o favorito a assumir o comando da autoridade monetária ao término do mandato de Campos Neto, em 31 de dezembro. Saiba mais:

247 – O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) criticou a atuação do presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto, em entrevista à Rádio CBN na manhã desta terça-feira (18). Além se manifestar contrário à manutenção da taxa de juros em patamares altos, Lula ironizou o encontro de Campos Neto com o governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos), em que o economista teria sinalizado vontade de assumir o Ministério da Fazenda em um eventual governo do bolsonarista e comparou Campos Neto ao ex-juiz suspeito e senador, Sergio Moro, ao ressaltar que o presidente do BC tem o mesmo papel, "com rabo preso a compromissos políticos".

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“Não é que ele encontrou com o Tarcísio em uma festa. A festa foi para ele, foi uma homenagem que o governo de São Paulo fez para ele, certamente porque o governador de São Paulo está achando maravilhoso a taxa de juros de 10,50%. Deve estar achando maravilhoso. Então, quando ele se auto lança para um cargo, eu fico imaginando, a gente vai repetir um Moro? O presidente do BC está disposto a fazer o mesmo papel que o Moro fez? Um paladino da Justiça, com rabo preso a compromissos políticos? Então o presidente do BC precisa ser uma figura séria, responsável e ele tem que ser imune aos nervosismos momentâneos do mercado, disse Lula em referência ao fato de Moro ter aceitado o convite para assumir o Ministério da Justiça do governo Bolsonaro após comandar a operação Lava-Jato".

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