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Renan Calheiros manda recado a Roberto Campos Neto: 'subordinado ao mercado, você é adestrado politicamente' (vídeo)

O parlamentar afirmou que o presidente do Banco Central é independente apenas do governo

Roberto Campos Neto (círculo) e Renan Calheiros (Foto: Adriano Machado - Reuters / Geraldo Magela - Agência Senado)

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247 - O senador Renan Calheiros (MDB-AL) destacou nesta terça-feira (18) a importância de representantes do Comitê de Política Monetária reduzirem com mais velocidade a Selic, taxa básica de juros, atualmente em 10,50%. Integrantes do Copom, ligado ao Banco Central, tiveram reuniões nesta terça e também mais um encontro nesta quinta (19) para fazer um anúncio sobre o percentual, que pode cair, diminuir e seguir com o mesmo valor. 

A Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) do Senado ouviu nesta terça-feira (18) economistas, servidores do Banco Central e ex-membros da diretoria sobre a proposta (PEC 65/2023) que concede autonomia financeira e orçamentária à autoridade monetária, nos moldes de uma empresa pública. 

"O pressuposto da autonomia do BC é que a autoridade monetária fosse independente, não apenas do governo, mas independente do mercado, independente dos partidos e independente de políticos. O atual BC só é independe do governo, mas subordinado ao mercado e adestrado politicamente", escreveu o parlamentar na rede social X.

As críticas ao presidente do Banco Central aumentaram nos últimos dias após a informação de que Roberto Campos Neto sinalizou o desejo de ser ministro da Fazenda em uma possível gestão comandada por Tarcísio de Freitas (Republicanos) na Presidência da República se o governador de São Paulo for candidato e ganhar a eleição em 2016. O chefe do Executivo paulista foi ministro da Infraestrutura no governo Jair Bolsonaro (PL), principal nome da extrema-direita brasileiro, apesar de estar inelegível por espalhar fake news e acusar, sem provas, o sistema eleitoral brasileiro de não ter segurança contra fraudes. 

O crescimento do Produto Interno Bruto nacional foi 2,9% em 2023, alcançando a marca de R$ 10,9 trilhões, acima do que era previstos por analistas do mercado. O o desemprego está abaixo de 8%, conforme o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatísticas (IBGE). Mas aliados do governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) têm alertado para o fato de que a taxa de juros precisa cair com mais velocidade, para aumentar o acesso ao crédito, aquecer o poder de consumo, e estimular o crescimento da economia.

Em maio, o Comitê de Política Monetária (Copom), ligado ao Banco Central, fez o sétimo corte seguido na taxa básica de juros, que começou a recuar em agosto de 2023. No começo das reduções, a Selic estava em 13,75% ao ano. Desde então, o comitê vinha reduzindo a Selic no mesmo ritmo: 0,5 ponto percentual a cada encontro. Com a decisão do mês passado, o corte na Selic foi de apenas 0,25 p.p.


 

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