PF lista suspeitos de provocar incêndio na Floresta Nacional de Brasília
A investigação faz parte dos mais de 50 inquéritos abertos pela Polícia Federal, para saber com detalhes os motivos dos incêndios no Brasil
247 - A Polícia Federal está elaborando uma lista de suspeitos de terem provocado o incêndio na Floresta Nacional de Brasília e afirmou haver indícios de que o fogo teve origem humana. Medidas cautelares devem ser solicitadas à Justiça contra os suspeitos, de acordo com a CNN Brasil nesta terça-feira (17). A investigação faz parte dos 52 inquéritos abertos pela PF, com o objetivo de apurar os motivos dos incêndios de 2024 na Amazônia, no Pantanal e no interior do estado de São Paulo.
De acordo com o Monitor do Fogo, a Amazônia Legal ficou em segundo lugar entre os biomas com maior área queimada em agosto (2 milhões de hectares). A vegetação da Amazônia Legal abrange nove estados: Amazonas, Amapá, Acre, Mato Grosso, Maranhão, Pará, Rondônia, Roraima e Tocantins. A floresta nessas unidades federativas representa mais de 5 milhões de quilômetros quadrados (km²), cerca de 60% do território brasileiro.
Em agosto, o Cerrado foi o bioma com a maior área queimada, somando 2,4 milhões de hectares, ou 43% do total no Brasil no período. Esse bioma cobre mais de 2 milhões de quilômetros quadrados (km²), cerca de 22% do território nacional, e está presente nos estados das Regiões Centro-Oeste (Goiás, Mato Grosso e Mato Grosso do Sul), Sudeste (Minas Gerais e São Paulo), Nordeste (Maranhão, Piauí e Bahia) e Norte (Rondônia, além de partes do Amapá, Amazonas e Roraima).
O Pantanal, com mais de 200 quilômetros quadrados (km²), registrou uma área queimada 249% maior entre janeiro e agosto de 2023, em comparação com a média dos cinco anos anteriores. Foram queimados 1,22 milhão de hectares, 874 mil a mais do que a média – sendo que 52% desse total foi destruído em agosto. O bioma do Pantanal tem 65% de sua área no estado de Mato Grosso do Sul e 35% no Mato Grosso, ambos na Região Centro-Oeste.
Conforme o site do MapBiomas, esse projeto "surgiu oficialmente em julho de 2015 e é organizado de maneira colaborativa: ONGs, universidades, laboratórios e startups de tecnologia formam a rede". "Realizamos o mapeamento anual da cobertura e uso da terra, além do monitoramento mensal da superfície de água e das cicatrizes de fogo com dados desde 1985. Relatórios também são validados e elaborados para cada evento de desmatamento detectado no Brasil desde janeiro de 2019, por meio do MapBiomas Alerta."
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