Aliados pressionam por maior engajamento de Rui Costa na eleição de Salvador

247 - Aliados do vice-governador Geraldo Júnior (MDB), pré-candidato à prefeitura de Salvador com respaldo do PT, manifestaram descontentamento com a declaração do ministro da Casa Civil, Rui Costa (PT), sobre sua participação limitada na campanha eleitoral na capital baiana. Em uma entrevista realizada na última terça-feira (2) em Salvador, Rui indicou que sua presença será majoritariamente virtual, devido às suas responsabilidades em Brasília, destaca reportagem da Folha.

"Eu pretendo participar das campanhas de forma muito mais digital, com vídeos e fotos, porque não conseguirei sair de Brasília para estar presente aqui", afirmou o ministro, provocando reações entre os aliados de Geraldo Júnior, que consideraram suas palavras pouco cuidadosas.

Geddel Vieira Lima (MDB), ex-ministro e figura influente no partido, foi um dos principais porta-vozes das críticas, alertando para o impacto futuro das declarações de Rui. Já Lúcio Vieira Lima (MDB), presidente de honra do MDB da Bahia e irmão de Geddel, tentou minimizar a repercussão das declarações de Rui, sugerindo que o ministro ainda poderia contribuir de outras maneiras para a campanha de Geraldo. "Ele não precisa necessariamente estar fisicamente presente nas ruas de Salvador para apoiar Geraldo", afirmou.

Ainda de acordo com a reportagem, Rui Costa, que deixou o governo da Bahia em 2022 com alta popularidade, viu sua influência diminuída na escolha do candidato do PT à prefeitura após o recuo da pré-candidatura de José Trindade (PSB), apoiado por ele. Desde então, aliados de Rui demonstram pouco entusiasmo pela candidatura de Geraldo Júnior, enquanto o senador Jaques Wagner emergiu como o principal articulador político do MDB na capital baiana.