Os símbolos associados a facções que causaram a morte de 3 adolescentes
As mortes chamaram atenção para a insegurança que afeta milhares de pessoas em regiões onde grupos criminosos impõem o terror
247 - Um simples "risquinho" na sobrancelha ou um gesto feito com as mãos em uma foto. Traços comuns no dia a dia de muitos jovens custaram a vida de três adolescentes no Ceará, vítimas de confusões trágicas com facções criminosas. As informações são do G1. As mortes chamaram atenção para a insegurança que afeta milhares de pessoas em regiões onde grupos criminosos impõem o terror e distorcem símbolos do cotidiano.
Uma das vítimas foi Henrique Marques de Jesus, de apenas 16 anos, encontrado morto em 18 de dezembro na Vila de Jericoacoara, destino turístico do Ceará. Ele estava em viagem com o pai, Danilo Martins, quando foi atacado por integrantes de uma facção que, ao vasculhar seu celular, concluíram erroneamente que o jovem fazia parte de um grupo rival.
“As investigações apontam, até o momento, que os criminosos tiveram acesso ao telefone da vítima e, ao verificarem conversas e também algumas fotos, acreditaram que a vítima teria algum tipo de ligação ou era simpatizante de um grupo criminoso rival de origem paulista. Então, essa teria sido a motivação do crime”, explicou Márcio Gutiérrez, delegado geral da Polícia Civil do Ceará.
Em 2019 e 2020, dois coroinhas foram assassinados em Fortaleza também após serem confundidos com membros de facção criminosa. Um deles teve o celular examinado, assim como o adolescente assassinado em Jericoacoara. O outro foi morto por uma simples marca na sobrancelha.
Em 2024, dois acusados de matar o coroinha Ronald Miguel Freitas de Oliveira foram condenados a 56 anos de prisão. A vítima, que tinha 15 anos, foi morta a tiros em 2019, na calçada da casa no Bairro Jacarecanga, em Fortaleza.
Ronaldo, que era coroinha na Paróquia São Francisco de Assis, tinha voltado de uma missa e conversava com a mãe na calçada de casa quando foi atingido por pelo menos um disparo na cabeça.
Segundo a denúncia do Ministério Público, no dia 24 de novembro de 2019, por volta das 19h, ele estava sentado na frente de casa, quando foi abordado violentamente por Pedro Henrique de Morais Pereira, o “Perneta”, João Levi da Silva de Oliveira e um terceiro suspeito, que à época tinha 17 anos.
O trio pegou o celular da vítima, pois suspeitava que no aparelho havia imagens de pessoas fazendo o sinal "V" com os dedos, o que para eles seria menção a um grupo criminoso rival ao que eles pertenciam. Após a inspeção, Pedro Henrique e o adolescente saíram. Ao retornarem, o adolescente atirou na cabeça do coroinha, que morreu no local.
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