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    'A balança tem que ser igual: nem o empresário é malvadão, muito menos o trabalhador é escravo', diz senador bolsonarista

    Cleitinho (Republicanos) fez críticas à escala 6x1

    Cleitinho (Foto: Waldemir Barreto / Agência Senado)

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    247 - O senador Cleitinho (Republicanos-MG) criticou a jornada de trabalho conhecida como "6x1" (seis dias de trabalho para um de descanso) e defendeu a necessidade de mudanças que beneficiem os trabalhadores. Atualmente, a escala não pode ser superior a 8 horas diárias nem superar 44 horas semanais. A deputada federal Erika Hilton (Psol-SP) fez uma proposta de emenda à Constituição (PEC) que diminui a jornada máxima de trabalho de 44 para 36 horas semanais.

    "A balança tem que estar igual, nem o empresário é malvadão, muito menos o trabalhador é escravo!", afirmou o senador em discurso no Senado. Para se tornar uma matéria em tramitação na Câmara, a proposta precisava de, no mínimo, 171 assinaturas de apoio, parcela do total de 513 deputados. De acordo com a parlamentar do Psol, o número já teria passado das 200 assinaturas.

    O parlamentar com mandato por Minas Gerais falou sobre a própria família para repudiar a escala 6 x 1. "Eu vi meu pai, que morreu agora neste ano, com 70 anos de idade, fazendo a escala sete por zero. Sempre trabalhou, até não foi seis por um, foi sete por zero. E sabe o que aconteceu? O meu pai, sempre que chegava em casa, já se deitava para dormir, para acordar no outro dia para trabalhar", disse Cleitinho no Senado.

    "O meu pai não ia aos jogos de futebol quando eu jogava bola. O meu pai não foi às apresentações que eu fiz quando eu era cantor; nunca ia. O meu pai não parava um dia para ele poder me ensinar a estudar. Sabe por quê? Não fazia, não é porque ele não queria, não. É porque ele não tinha tempo; é porque sempre trabalhou".

    Para ser aprovada, uma PEC precisa começar a ser analisada na Comissão de Constituição e Justiça da Casa. A CCJ analisa a admissibilidade do projeto e, se aprová-lo, uma comissão especial passa a ficar responsável pela análise da proposta. Em seguida precisa ir a plenário e ter pelo menos 308 votos favoráveis, em dois turnos de votação.

    A matéria vai para o Senado, onde também precisará ser votada e aprovada por, no mínimo, 49 senadores. Se aprovada pelas duas Casas, a PEC poderá ser promulgada pelo Congresso, decisão que torna o texto parte da Constituição (com agência Câmara).

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