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    Acusado de 'rachadinha', assessor de Carlos Bolsonaro pagou boletos de Bolsonaro e Michelle

    De acordo com o MP-RJ, Fernandes quitou R$ 2,5 mil em boletos em nome de Jair Bolsonaro e Michelle. Ele também pagou R$ 23,4 mil em boletos de Carlos

    Carlos Bolsonaro (Foto: Câmara Municipal do Rio de Janeiro)

    247 - O chefe de gabinete de Carlos Bolsonaro (PL), Jorge Fernandes, acusado de liderar um esquema de "rachadinha" no gabinete do vereador, é apontado pelo Ministério Público do Rio de Janeiro (MP-RJ) como responsável pelo pagamento de boletos em nome de Jair Bolsonaro (PL) e da ex-primeira-dama Michelle Bolsonaro, informa a Folha de S. Paulo.

    De acordo com o relatório da Coordenadoria de Segurança e Inteligência (CSI) do MP-RJ, Fernandes quitou um boleto de R$ 2.319,42 para Bolsonaro em abril de 2018 e uma multa de trânsito de R$ 311,48 para Michelle em abril de 2019, quando ela já ocupava o posto de primeira-dama. O total dos pagamentos chega a R$ 2,5 mil.

    Além disso, o relatório revela que entre 2012 e 2019, Fernandes pagou 19 boletos em nome de Carlos Bolsonaro, totalizando R$ 23,4 mil. O documento também levanta suspeitas sobre a ausência de registros de pagamento de planos de saúde que Carlos declarou em seu Imposto de Renda entre 2011 e 2020. Segundo o MP-RJ, há apenas um registro de título de cobrança pago nos extratos bancários do vereador.

    A investigação que resultou na denúncia contra Fernandes foi arquivada no que se refere a Carlos Bolsonaro, sob a alegação de falta de provas que configurassem crime. O promotor Alexandre Graça, responsável pelo caso, não encontrou movimentações financeiras irregulares nas contas do vereador, embora tenha sugerido a possibilidade de infrações administrativas, como a existência de "funcionários fantasmas".

    Em depoimento, Fernandes negou ter realizado pagamentos em nome de outras pessoas. A Folha não conseguiu contato com ele ou com seu advogado.

    Carlos Bolsonaro, por sua vez, expressou tranquilidade sobre o arquivamento do caso contra ele e defendeu seus funcionários, afirmando que as acusações são frágeis e que todos comprovarão sua inocência.

    A defesa de Jair Bolsonaro não se manifestou.

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