Anielle Franco se filia hoje ao PT e vai tentar ser vice de Eduardo Paes
Setores ligados ao prefeito, no entanto, defendem uma chapa puro-sangue
247 – A ministra Anielle Franco oficializa sua filiação ao Partido dos Trabalhadores (PT) em um evento que contará com a presença do presidente Luiz Inácio Lula da Silva e da primeira-dama Rosângela da Silva, nesta terça-feira, 2. Anielle é uma das figuras cotadas para assumir a vice-liderança na chapa encabeçada pelo prefeito do Rio de Janeiro, Eduardo Paes, que busca a reeleição pelo Partido Social Democrático (PSD). A cerimônia, que ocorrerá no Circo Voador, na região central da cidade, destaca-se como um marco na movimentada disputa pela composição da chapa de Paes, segundo reportagem do Estado de S. Paulo.
A expectativa em torno da filiação de Anielle Franco ao PT intensifica a competição pela posição de vice-prefeita na chapa liderada por Paes. Contudo, apesar dos esforços para consolidar a indicação de Anielle, há divergências tanto no interior do PT quanto no PSD em relação à sua nomeação. A entrada da ministra da Igualdade Racial no PT representa uma estratégia para reforçar a presença da sigla no cenário político do Rio de Janeiro, levando em consideração sua ligação familiar com a falecida vereadora Marielle Franco.
A trajetória política de Anielle Franco, marcada por seu trabalho no Ministério da Igualdade Racial, a torna uma figura importante para diversos grupos e facções partidárias. No entanto, a ministra demonstra cautela em relação às especulações sobre sua possível candidatura à vice-prefeitura, enfatizando seu foco atual na promoção e fortalecimento de mulheres e homens negros e periféricos nas eleições. A presença de Lula no evento ressalta a relevância política e estratégica da filiação de Anielle ao PT, em meio às articulações para as eleições municipais.
A decisão de Paes quanto à escolha do candidato a vice-prefeito em sua chapa é aguardada com expectativa, especialmente diante das diversas propostas e interesses partidários envolvidos. A possibilidade de uma chapa "puro-sangue", sem alianças externas, é defendida por alguns setores do PSD, enquanto o PDT também demonstra interesse na posição de vice. O desenrolar dessas negociações será crucial para definir os rumos das eleições municipais e as alianças políticas no Rio de Janeiro.
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