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    Ato de Bolsonaro no Rio pretende minimizar minuta do golpe e centralizar Musk como líder dos extremistas

    Ato convocado para o domingo terá como objetivo desvinculá-lo da "minuta do golpe". Ataques de Musk a Moraes servem como combustível para a militância de extrema direita

    Jair Bolsonaro em ato na Paulista (Foto: Reprodução)

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    247 - No próximo domingo (21), Copacabana será palco de um ato político em apoio a Jair Bolsonaro (PL), organizado com o intuito de contestar as acusações de envolvimento dele com a chamada "minuta do golpe", informa a Folha de S. Paulo. O evento também ganha relevância especialmente após o recente embate entre o bilionário Elon Musk, proprietário do X (antigo Twitter), e o ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF). Para os aliados de Bolsonaro, esse embate promete servir como combustível para a mobilização da manifestação política, enfatizando uma suposta fragilidade na atuação do ministro do STF.

    O clima que cerca esse ato é descrito como diferente da manifestação anterior, realizada na Avenida Paulista, em São Paulo. De acordo com interlocutores de Bolsonaro, ele está se sentindo menos pressionado, tanto pela distância temporal de operações da Polícia Federal quanto pelos desgastes no Judiciário. Além disso, há uma percepção de aumento das críticas na sociedade civil à atuação de Moraes, especialmente após o caso envolvendo Musk.

    Embora o embate entre Musk e Moraes não tenha relação direta com Bolsonaro, aliados dele enxergam essa situação como uma vitória, por supostamente enfraquecer a figura do ministro do STF. Neste contexto, a preocupação central dos organizadores do ato do dia 21 será desfazer o que eles chamam de "maior fake news da história": a minuta de golpe.

    O evento ainda será uma oportunidade para ampliar a exposição do deputado federal Alexandre Ramagem (PL-RJ), pré-candidato à prefeitura do Rio de Janeiro pelo mesmo partido de Bolsonaro. 

    A manifestação seguirá os moldes do evento ocorrido em São Paulo, com duração prevista de uma hora e meia e a presença de dois carros de som, sendo que apenas um terá microfone. Faixas, cartazes e ataques diretos ao STF serão proibidos. Ao contrário do último ato, onde o custeio ficou a cargo apenas do pastor-empresário Silas Malafaia, cerca de 25 deputados e senadores contribuirão financeiramente para alugar a estrutura de carros de som e telões no domingo.

    Embora a expectativa dos organizadores seja de uma manifestação menor do que a de São Paulo, devido à não ser a primeira vez e ao tamanho menor da cidade do Rio, o clima atual é mais favorável para Bolsonaro, que está em viagem pelo país em clima de campanha eleitoral.

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