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    Bolsonaro hesita em apoiar Nunes, mesmo com apelo de Tarcísio: ‘Vou ver’

    Ex-presidente mostra falta de convicção ao ser instado a se envolver na campanha do atual prefeito de São Paulo

    Jair Bolsonaro e Ricardo Nunes (Foto: REUTERS/Adriano Machado | Isadora de Leão Moreira/Governo de São Paulo)

    247 - O ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) tem demonstrado reticência ao atender aos pedidos do governador Tarcísio de Freitas (Republicanos) para apoiar a campanha de reeleição do prefeito de São Paulo, Ricardo Nunes (MDB). Em uma troca recente entre os dois, Tarcísio solicitou a Bolsonaro que mencionasse Nunes em suas transmissões ao vivo, visando reforçar a candidatura do prefeito. Segundo informações do Uol, a resposta do ex-presidente foi curta e pouco entusiasmada: “vou ver.”

    A falta de convicção de Bolsonaro ficou evidente, de acordo com aliados do governador. Estes relatam que Tarcísio, ao ouvir a resposta, não sentiu confiança de que o ex-presidente de fato se engajaria na campanha de Nunes. Pessoas próximas a Bolsonaro também não sabem afirmar se ele vai ou não declarar apoio público ao prefeito nas redes sociais, o que tem gerado incertezas dentro do grupo de apoio ao atual gestor municipal.

    Apesar de ter indicado o vice-prefeito na chapa de Nunes, o coronel Mello Araújo, Bolsonaro ainda não gravou nenhuma participação para a propaganda eleitoral de Nunes, nem fez qualquer menção ao prefeito em suas “lives”. Em contraste, parlamentares bolsonaristas estão migrando para a candidatura de Pablo Marçal (PRTB), entre eles o deputado federal Nikolas Ferreira (PL) e Ricardo Salles (Novo), figuras influentes no campo conservador.

    Falta de apoio pode favorecer Boulos

    Com a ausência do engajamento direto de Bolsonaro, a base bolsonarista enfrenta uma divisão, o que pode prejudicar a candidatura de Nunes. O governador Tarcísio, percebendo o risco dessa divisão, intensificou sua campanha pelo voto útil, afirmando que Nunes é o único capaz de vencer Guilherme Boulos (PSOL) no segundo turno. A avaliação dos aliados do governador é clara: “votar em Marçal é entregar a prefeitura de São Paulo para a esquerda. No caso de vitória de Boulos, Bolsonaro teria parte da responsabilidade porque não se engajou na campanha de reeleição do prefeito”, destaca a reportagem.

    Entretanto, a relutância de Bolsonaro em participar ativamente da campanha pode acabar facilitando uma eventual vitória de Boulos. Fontes próximas ao ex-presidente sugerem que ele estaria evitando um envolvimento direto por considerar que a disputa local pode não representar um impacto significativo em sua estratégia política nacional.

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