Campanha de Boulos tenta furar a bolha por segundo turno e fortalecer imagem do candidato

247 - Após a divulgação da última pesquisa Datafolha sobre a intenção de voto para a prefeitura de São Paulo, as campanhas de Ricardo Nunes (MDB) e Guilherme Boulos (Psol) entram em nova fase, informa a jornalista Daniela Lima, do G1. Aliados de Boulos enxergam o maior problema na simulação de segundo turno, em que o deputado federal aparece dez pontos atrás de Nunes.

De acordo com especialistas, os números mostram um teto para a candidatura de Guilherme Boulos, o que impediria sua vitória. Por isso, a campanha do deputado aposta no amadurecimento do candidato, o apresentando como um intelectual estudioso e dedicado aos dados, e não como uma ‘“invasor”, rótulo dado a ele pela direita pelo fato de ter presidido o Movimento dos Trabalhadore Sem-Teto (MTST).

A ideia é encarar os preconceitos existentes contra Boulos e tentar “furar a bolha” para alcançar eleitores próximos ao centro. A estratégia também é explorar a proximidade de Ricardo Nunes com o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), o taxando como bolsonarista.

As campanhas também afirmam que a pesquisa Datafolha mostrou um teto para o coach bolsonarista Pablo Marçal (PRTB). "Ele vai fazer coisa de 14% [hoje aparece com 10% na pesquisa], porque vai, sim, atrair um eleitor radical do Bolsonaro. Mas o histrionismo também afasta", avalia um dos auxiliares de Nunes.

Outro ponto observado é a estagnação das candidaturas da chamada “terceira via”, de Tabata Amaral (PSB) e José Luiz Datena (PSDB). Aliados de Boulos e Nunes acreditam que existe pouca probabilidade desses nomes conseguirem mudar o cenário atual das eleições.