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Caos meteorológico: avião da Voepass enfrentou situação extrema antes de cair

Aeronave caiu em Vinhedo (SP) na sexta-feira passada, matando 62 pessoas

Investigadores no local do acidente do voo 2283 em Vinhedo (SP) (Foto: FAB/Divulgação)

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247 - Com o passar dos dias, mais detalhes sobre as circunstâncias que levaram à queda do avião ATR 72-500 da Voepass em Vinhedo (SP) começam a surgir. A aeronave enfrentou uma zona crítica de turbulência por quase 10 minutos, entre 13h10 e 13h19, além de ter passado por uma área de nuvens supercongeladas, com temperaturas de até -40ºC.

De acordo com informações apuradas pelo jornal O Globo, o avião enfrentou um sistema frontal de turbulência formado por nuvens do tipo cirrocumulus, que se formam devido à alta umidade e pressão atmosférica. O supercongelamento faz com que a temperatura da água, em altitudes elevadas, varie de -45ºC a -60ºC (abaixo do ponto de congelamento). Nessas condições, a formação de gelo nas asas do avião pode resultar na perda de sustentação da aeronave.

A transcrição do gravador de voz da cabine de comando revela que o piloto e o copiloto notaram uma perda repentina de altitude cerca de um minuto antes do acidente, logo após passarem pela zona turbulenta.

O Centro de Investigação e Prevenção de Acidentes Aeronáuticos (Cenipa), vinculado à Força Aérea Brasileira (FAB), está conduzindo a investigação para determinar as causas do acidente. Este é o sexto acidente aéreo mais letal da história do Brasil, e o país estava há 17 anos sem registrar a queda de uma aeronave comercial.

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