Carlos Bolsonaro reacende embate com Pablo Marçal e diz que ex-coach "vive de factoides"
Vereador, no entanto, não descartou uma “aproximação” no futuro. Ele também defendeu Jair Bolsonaro das acusações de não ter dado apoio suficiente a Nunes
247 - O vereador do Rio de Janeiro Carlos Bolsonaro (PL) voltou a criticar publicamente Pablo Marçal (PRTB), ex-coach e ex-candidato a prefeito de São Paulo. Em entrevista ao UOL, Carlos afirmou que Marçal “vive de factoides” e que suas atitudes durante a campanha eleitoral foram oportunistas, buscando se manter em evidência à custa de conflitos. Carlos também defendeu a atuação de seu pai, Jair Bolsonaro (PL), na corrida eleitoral de Ricardo Nunes à prefeitura da capital paulista, afirmando que ele foi fundamental na ascensão de Tarcísio de Freitas (Republicanos) ao governo do estado - Tarcísio foi apontado como principal padrinho político de Nunes no primeiro turno da campanha.
Sobre Pablo Marçal, Carlos Bolsonaro manteve o tom crítico, negando que tivesse influenciado a decisão do pai de não apoiar o ex-coach. "É um sujeito que vive de factoides. Sei que vou tomar pancada até dizer 'chega'. A verdade é que eu não admitiria em momento nenhum, principalmente em 2022, um cara que até um mês atrás estava dizendo que seu pai é igual ao Lula. Aquilo me deixou irritado. Conversei com meu pai, as atitudes foram dele. Não impedi nada, como nunca impeço nada. Acredito que ele fala isso porque tem que criar fatos para ficar na mídia, e a gente dá mídia. Não é legal partir para esse tipo de conflito totalmente destrutivo. Com a gente, particularmente, ele vai perdendo esse alinhamento que ele diz ter, que nunca demonstrou, nunca teve manifestação para a liberdade dos presos políticos em Brasília", afirmou, de acordo com relato do jornal O Globo. Segundo o vereador, Marçal criou conflitos desnecessários para ganhar visibilidade e atraiu críticas ao insinuar que Carlos teria acesso às redes sociais de Jair Bolsonaro e estaria influenciando diretamente as decisões.
Apesar das críticas, Carlos não descartou uma reconciliação no futuro, desde que Marçal mude sua postura e adote um comportamento mais alinhado ao que o clã bolsonarista espera. “É como meu pai falou, Pablo tem um grande potencial. Mas passou da linha, passou do limite”, afirmou, abrindo margem para uma possível reaproximação. Ele enfatizou que, para haver uma parceria, Marçal precisaria demonstrar atitudes mais conciliatórias e menos destrutivas.
Carlos avaliou que, por enquanto, é difícil confiar plenamente em Marçal. “Como confiar novamente numa pessoa que comete tantos erros contigo, principalmente com meu pai?”, concluiu.
Tarcísio e Ricardo Nunes - Carlos rebateu as narrativas que atribuem o sucesso de Nunes unicamente a Tarcísio, destacando que Jair Bolsonaro foi quem primeiro acreditou no governador, ainda quando ele tinha dúvidas sobre disputar a eleição em São Paulo. “Quem era Tarcísio?”, questionou Carlos, lembrando que seu pai foi responsável pelo destaque que o atual governador possui hoje. Segundo ele, atribuir os resultados exclusivamente a Tarcísio “não faz sentido”, já que Bolsonaro teria desempenhado papel crucial.
Em relação à campanha do primeiro turno, Carlos mencionou que, apesar das aparições esporádicas de Bolsonaro ao lado de Nunes, a estratégia de seu pau visava um alcance maior em outras partes do país. “Ele rodou o país inteiro, conseguiu eleger e colocar no segundo turno pessoas que talvez não tivessem avançado se não estivessem com ele”, justificou.
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