Carlos Bolsonaro teve sigilo quebrado em investigação do assassinato de Marielle Franco
Investigação sobre vereador ocorreu após a exclusão de Jair Bolsonaro do caso
247 - A Polícia Civil do Rio de Janeiro quebrou o sigilo telefônico e telemático do vereador Carlos Bolsonaro (PL), filho de Jair Bolsonaro (PL), no inquérito que investigou os mandantes da morte da vereadora Marielle Franco (PSOL). Apesar de a investigação não encontrar evidências de envolvimento de Carlos no crime, interceptações revelaram uma rede de contas de email e redes sociais vinculadas a ele, além de detalhes sobre sua movimentação política. As informações são da Folha de S. Paulo.
Carlos Bolsonaro tornou-se suspeito após uma discussão com um assessor de Marielle em 2017, mas a apuração descartou qualquer ligação com o homicídio. Na ocasião, em maio daquele ano, dez meses antes do homicídio de Marielle, o vereador se envolveu em uma acalorada discussão com um assessor da vereadora. O incidente ocorreu quando o assessor, ao apresentar a Câmara para amigos, apontou para o gabinete de Carlos, referindo-se a ele como a "ala fascista" do Legislativo carioca. Carlos, ao ouvir o comentário, confrontou o funcionário de Marielle, resultando em uma troca de palavras agressiva, que acabou envolvendo também a própria Marielle, que interveio na discussão.
A quebra de sigilo, solicitada pelo delegado Daniel Rosa em dezembro de 2019, envolveu 21 celulares e 11 números de telefone em nome do vereador, além de contas vinculadas no Google e na Apple.
A investigação sobre Carlos ocorreu após a exclusão de Jair Bolsonaro do caso. A Polícia Federal apontou Domingos Brazão, conselheiro do TCE-RJ, e o deputado Chiquinho Brazão como os mandantes do assassinato de Marielle e seu motorista Anderson Gomes, e o STF os tornou réus pelo crime.
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