Caso Gritzbach: Justiça de São Paulo torna réus seis envolvidos na execução de delator do PCC
Vítima foi assassinada a tiros após firmar acordo de delação premiada; juiz decreta prisão preventiva e determina novas investigações
247 - A Justiça de São Paulo aceitou a denúncia do Ministério Público e tornou réus seis suspeitos pelo assassinato de Vinícius Gritzbach, delator do Primeiro Comando da Capital (PCC). A informação foi divulgada após a decisão do juiz Rodrigo Tellini de Aguirre Camargo, da Vara do Júri de Guarulhos, que converteu a prisão temporária dos envolvidos em prisão preventiva. Gritzbach, que havia firmado um acordo de delação premiada com o MP, foi morto a tiros em uma emboscada, em um crime que chocou o estado e ganhou repercussão nacional, destaca o sit SBT News.
Entre os denunciados estão Emílio Carlos Congorra, conhecido como Cigarreira, e Diego Amaral, o Didi, apontados como mandantes do crime. Ambos estão foragidos. Já os acusados de executar o assassinato são os policiais militares Ruan Silva Rodrigues e Denis Antônio Martins, identificados como os atiradores, e Fernando Genauro, que teria pilotado o carro usado no crime. Os três estão presos. Kauê do Amaral Coelho, acusado de atuar como olheiro e auxiliar na fuga, também permanece foragido.
Investigação aponta motivação ligada à delação premiada
De acordo com as investigações, Vinícius Gritzbach era gestor financeiro do PCC e estava sob investigação por lavagem de dinheiro. Além disso, ele era suspeito de envolvimento na morte de outros membros da facção. O acordo de delação premiada firmado com o Ministério Público teria sido o principal motivo para sua execução, supostamente ordenada pelo próprio grupo criminoso.
O juiz Rodrigo Tellini destacou a gravidade do crime, sua repercussão nacional e o risco à ordem pública como justificativas para decretar a prisão preventiva dos réus. Ele também autorizou novas diligências solicitadas pelo MP, incluindo análise de imagens, laudos periciais pendentes e investigações sobre outros possíveis envolvidos, além da origem do veículo e das armas utilizadas no assassinato.
As informações obtidas serão compartilhadas com a Corregedoria da Polícia Civil, a Justiça Militar e outras varas criminais do estado, especialmente aquelas em que Gritzbach era mencionado como colaborador ou réu.
MP pede indenização de R$ 1 milhão por danos morais e sociais
Na denúncia, o Ministério Público também solicitou que cada réu seja condenado a pagar, no mínimo, R$ 1 milhão por danos morais coletivos e danos sociais. Os acusados serão citados e intimados para apresentar defesa no prazo de 10 dias. O processo seguirá como ação penal sob competência do Tribunal do Júri, com a tipificação de homicídio qualificado.
O caso continua sob investigação, com novas diligências em andamento para esclarecer todos os detalhes do crime e identificar outros possíveis envolvidos. A execução de Gritzbach reforça os riscos enfrentados por delatores em casos de alta complexidade, especialmente quando ligados a organizações criminosas de grande poder.
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