Caso Gritzbach: MP denuncia seis acusados por assassinato de delator do PCC
Três PMs presos e três foragidos são acusados de envolvimento nos homicídios de Vinicius Gritzbach e de um motorista de aplicativo
247 - O Ministério Público (MP) de São Paulo denunciou, nesta segunda-feira (17), seis pessoas por participação no assassinato de Vinicius Gritzbach, delator do Primeiro Comando da Capital (PCC), ocorrido em novembro de 2024 no Aeroporto de Guarulhos. Entre os acusados estão três policiais militares presos e três foragidos, envolvidos também no homicídio de um motorista de aplicativo, vítima de bala perdida, e em duas tentativas de assassinato. A denúncia pede a conversão das prisões temporárias em preventivas, destaca o G1.
Os PMs cabo Denis Martins e soldado Ruan Rodrigues são acusados de executar Gritzbach com fuzis, enquanto o tenente Fernando Genauro teria auxiliado no transporte e fuga. Kauê Amaral, identificado como "olheiro", monitorou os movimentos da vítima, e Emílio Gongorra ("Cigarreira") e Diego Amaral ("Didi") são apontados como mandantes do crime. Os três últimos permanecem foragidos.
A motivação do crime seria vingança. Gritzbach, que lavava dinheiro para o PCC, era suspeito de mandar matar o traficante Anselmo Santa Fausta ("Cara Preta") e seu motorista em 2021. Além disso, ele havia delatado esquemas criminosos da facção e denunciado policiais por corrupção. "Cigarreira" teria arquitetado a execução como retaliação.
A denúncia do MP inclui agravantes como motivo torpe, meio cruel, emboscada e uso de armas de fogo de uso restrito. Promotores afirmam que os PMs agiram com intenção de matar, assumindo o risco de ferir outras pessoas. As defesas dos policiais negam as acusações e prometem apresentar provas de inocência.
O caso está ligado a uma investigação maior sobre a infiltração do PCC em órgãos públicos. Em fevereiro, a Justiça tornou réus 12 pessoas, incluindo oito policiais civis, por envolvimento com a facção em crimes como lavagem de dinheiro e corrupção. O MP pede R$ 40 milhões de ressarcimento pelos danos causados. O processo, com mais de 5 mil páginas, segue em andamento, com expectativa de novas revelações sobre a conexão entre agentes do Estado e o crime organizado.
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