Com o fim da janela partidária, grupo político de Eduardo Paes cresce e controla 60% da Câmara de Vereadores do Rio
O PSD, partido do prefeito Eduardo Paes, termina o mandato com 13 dos 51 vereadores da Câmara, quase cinco vezes mais do que os três parlamentares eleitos pela legenda em 2020
Caio De Santis, Agenda do Poder - O grupo político do prefeito do Rio, Eduardo Paes, fechou a janela eleitoral, encerrada na última sexta-feira, com o controle de aproximadamente 60% da bancada da Câmara dos Vereadores. O número é importante em ano eleitoral, já que os vereadores podem pedir votos na capital e ajudá-lo a garantir êxito em votações estratégicas.
O partido dele, o PSD, termina o mandato com 13 dos 51 edis da Câmara. O número é quase cinco vezes maior do que os três vereadores eleitos pela legenda em 2020. Entre os novos filiados do PSD nesta janela estão nomes “de peso” da política carioca, como o ex-prefeito Cesar Maia e a vereadora Rosa Fernandes, que podem garantir até 50 mil votos, cada um, no próximo pleito, de acordo com projeções do partido.
O arco de apoios com o qual Paes conta para se reeleger, entretanto, é mais amplo e soma 26 vereadores, se levados em conta apenas os partidos que estão na aliança que pretende somar forças nas urnas: o Republicanos, que herdou os cargos que antes eram do União Brasil na prefeitura e desta forma consolidou o apoio à empreitada de Paes, passou a ter cinco vereadores ao final da janela.
O partido é ligado à Igreja Universal e espera-se que se torne uma espécie de canal para que Paes possa pedir o voto do segmento religioso, que é muito associado ao bolsonarismo representado por Alexandre Ramagem nesta disputa pela prefeitura.
O PT, partido do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, conta com quatro vereadores e, independentemente de indicar o vice de Paes ou não, deve seguir o apoiando. Entre os filiados petistas na Câmara dos vereadores está Tainá de Paula, cotada para o posto de vice. O PDT, que também caminha com Paes, tem dois vereadores. Mesmo número de edis do Solidariedade.
Este número pode ser ainda maior, se considerados os partidos que ainda não definiram seus lados nesta disputa e encerraram a janela eleitoral com um número expressivo de cadeiras na Câmara. É o caso do MDB, que flerta com as candidaturas de Paes e Ramagem e possui quatro vereadores.
O União Brasil, que também não fincou um lado, tem dois vereadores. Já o PL de Alexandre Ramagem conseguiu cooptar apenas mais um vereador nesta janela eleitoral, o agora filiado à legenda bolsonarista, Dr. Rogério Amorim. Os planos do partido passam por eleger de 10 a 13 vereadores na próxima eleição.
Para isto, contam com o engajamento do próprio Jair Bolsonaro, que deve participar de eventos no Rio e pedir votos para os vereadores. O filho 02 dele, o vereador Carlos Bolsonaro, será o principal “puxador de votos” do partido.
O PP, que lançou a pré-candidatura de Marcelo Queiroz à prefeitura, agora conta com três vereadores. Já o PSOL, que terá como candidato o deputado federal Tarcísio Motta, segue com a segunda bancada da Casa, com oito edis. Completam a lista de partidos com representatividade na Câmara do Rio, o PV, o NOVO e o Agir, que têm um parlamentar por legenda.
Um caso, porém, chama a atenção: Waldir Brazão, irmão do deputado Chiquinho Brazão e do conselheiro do TCE Domingos Brazão, não conseguiu uma legenda para chamar de sua nesta janela e permanece sem partido, diante do desgaste político da sua família.
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