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Defesa de Ronnie Lessa abandona o caso após homologação da delação

Em nota, os advogados afirmam que "por ideologia jurídica, nosso escritório não atua para delatores"

Ronnie Lessa e Marielle Franco (Foto: Reprodução | Mídia NINJA)

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247 - A defesa do ex-policial militar Ronnie Lessa, réu confesso do assassinato da veradora Marielle Franco (Psol-RJ) e do motorista Anderson Gomes, anunciou nesta-quarta-feira (20) que está abandonando o caso. O anúncio foi feito após o ministro da Justiça e Segurança Pública informar, na terça-feira (19), que o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes havia homologado a delação premiada de Lessa no âmbito do inquérito que apura o duplo homicídio. O escritório representava Lessa em 12 processos que envolvem o ex-policial.

Segundo o G1, os advogados Fernando Santana e Bruno Castro afirmaram, em nota, que por “ideologia jurídica, nosso escritório não atua para delatores". "Desde o primeiro contato deixamos claro que ele não poderia contar com o escritório caso tivesse interesse em fechar um acordo de delação premiada. Talvez, não por outro motivo que nós não fomos chamados por ele para participar do processo de delação firmado. Nesse cenário, apresentaremos renúncia ao mandato em todos os doze processos que atuamos para ele, ou seja, a partir de hoje não somos mais advogados de Ronnie Lessa", destaca um trecho do texto, de acordo com a reportagem.

De acordo com informações divulgadas pela imprensa, Lessa teria fornecido detalhes sobre a dinâmica do crime e revelado quem seriam os responsáveis por contratá-lo. Os mandantes, segundo ele, fazem parte de um grupo político influente no Rio de Janeiro, com interesses em diversos setores do Estado.

O ex-PM teria citado o nome do deputado federal Chiquinho Brazão (União Brasil-RJ) como ligado ao crime. O parlamentar é irmão de Domingos Brazão, conselheiro do Tribunal de Contas do Estado (TCE-RJ), que, segundo o site Intercept Brasil, foi citado como o mandante do crime. A menção a Chiquinho Brazão foi o fator que fez a delação de Lessa ir para o Supremo Tribunal Federal.

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