'É um recado para as milícias', diz Monica Benicio após condenação de Ronnie Lessa e Élcio Queiroz (vídeo)
Em entrevista ao 247, a viúva de Marielle Franco também cobrou a condenação dos irmãos Brazão, acusados de serem os mandantes do crime
247 - Viúva de Marielle Franco (Psol), a vereadora do Rio Monica Benicio (Psol), afirmou nesta quinta-feira (31) que a condenação dos milicianos Ronnie Lessa e Élcio Queiroz foi um "recado para a milícia". "Hoje Marielle vence seus assassinos e vamos seguir na luta até os mandantes serem condenados", disse a parlamentar durante entrevista concedida ao jornalista Marcelo Auler, do 247, após a decisão do Tribunal de Júri.
Ronnie e Élcio estão presos desde 12 de março de 2019. Eles fecharam acordo de delação premiada. Os acusados de serem os mandantes dos crimes são os irmãos Chiquinho e Domingos Brazão, respectivamente, conselheiro do Tribunal de Contas do Estado (TCE-RJ) e deputado federal. O delegado Rivaldo Barbosa, chefe da Polícia Civil do Rio de Janeiro na época do crime, é acusado de ter prejudicado as investigações. Os três estão presos desde 24 de março deste ano.
Também existe um processo paralelo no Supremo Tribunal Federal, que julga os irmãos Brazão e o delegado Rivaldo Barbosa. De acordo com as investigações, o motivo do crime envolve questões fundiárias e grupos de milícia. Havia divergência entre Marielle e o grupo político do então vereador Chiquinho Brazão sobre o Projeto de Lei (PL) 174/2016, que buscava formalizar um condomínio na Zona Oeste da capital fluminense.
Ronnie e Élcio estão presos desde 12 de março de 2019. Eles fecharam acordo de delação premiada. Os irmãos Brazão também foram detidos.
O ex-policial militar Robson Calixto, ex-assessor de Domingos Brazão, que teria ajudado a se livrar da arma do crime, e o major Ronald Paulo Alves Pereira, que teria monitorado a rotina de Marielle, são os outros dois réus.
Responsável pela defesa de Ronnie Lessa, o advogado Saulo Carvalho chegou a pedir a condenação de seu cliente, "mas que fosse justa, no limite da culpabilidade dele", negando a qualificação de motivo torpe e por motivos políticos.
A defesa de Élcio Queiroz disse que ele participou do crime, mas não conhecia Marielle nem tinha motivos para matá-la. Nas palavras da advogada Ana Paula Cordeiro, ele participou de uma emboscada, mas não dificultou a defesa das vítimas.
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