Rivaldo Barbosa estabeleceu diretrizes para o assassinato de Marielle, diz Ronnie Lessa
De acordo com o ex-PM, os irmãos Brazão, suspeitos de terem sido os mandantes do crime, defendiam as recomendações do ex-chefe da Polícia Civil do Rio
247 - O ex-policial militar Ronnie Lessa sinalizou que as pessoas envolvidas no assassonato da ex-vereadora do Rio Marielle Franco (PSOL) pretendiam seguir algumas normas adotadas pelo ex-chefe da Polícia Civil do estado do Rio de Janeiro Rivaldo Barbosa.
De acordo com o ex-PM, os irmãos Chiquinho Brazão (deputado federal expulso do União Brasil-RJ) e Domingos Brazão (ex-conselheiro do Tribunal de Contas - TCE-RJ) queriam implementar diretrizes estabelecidas pelo delegado para não deixar autoridades descobrirem detalhes do crime. Na época do assassinato, Barbosa era chefe da Polícia Civil do Rio. Ele e os irmãos Brazão foram presos.
“Isso chamou muita atenção também porque a impressão que ele passa é que o Rivaldo é quase parte integrante do plano inicial, isso ele passa pra gente de uma forma, que ele batia a cabeça de uma forma que ele reverenciava o Rivaldo, era o suporte da operação”, disse Lessa, conforme relato da CNN.
Investigadores apuram se o crime tem a ver com as denúncias feitas por Marielle contra a exploração imobiliária ilegal no municípios do Rio, o que teria contrariado interesses da família Brazão.
A ex-vereadora foi morta por integrantes do crime organizado em março de 2018, num lugar sem câmeras na região central do Rio. Lessa é réu confesso - ele efetuou os disparos que mataram a ex-parlamentar. Quem dirigia o carro onde ele estava era outro miliciano, Élcio Queiroz, que admitiu ter conduzido o veículo.
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