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    Ex-chefe de segurança de Tarcísio é afastado após prisão por suspeita de lavagem de dinheiro ligação com PCC

    Capitão da PM de São Paulo é acusado de articular esquema milionário ligado ao PCC

    Tarcísio de Freitas (Foto: Mônica Andrade/Governo do Estado de SP)

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    247 - A Polícia Militar de São Paulo (PMSP) determinou o afastamento imediato do capitão Diogo Costa Cangerana, ex-chefe de segurança do governador Tarcísio de Freitas, após sua prisão pela Polícia Federal (PF) na última terça-feira (26). A ação, parte da Operação Tai-Pen, desarticulou três fintechs acusadas de movimentar R$ 6 bilhões em dinheiro ligado ao Primeiro Comando da Capital (PCC) nos últimos cinco anos. As informações são do jornalista Paulo Cappelli, do Metrópoles.

    Cangerana, que atuava na Casa Militar do governo estadual há mais de 12 anos, é apontado como um dos articuladores do esquema criminoso. De acordo com as investigações, ele teria sido responsável pela abertura de contas nas fintechs usadas para lavar dinheiro do tráfico. Até setembro deste ano, o capitão era chefe da Divisão de Segurança de Dignitários do Departamento de Segurança Institucional, posição em que acompanhou o governador Tarcísio em pelo menos 25 agendas oficiais, incluindo viagens internacionais. Desde então, estava lotado no 13º Batalhão de Polícia Militar, que cobre a região da Cracolândia, no centro de São Paulo.

    Viagens e articulações estratégicas

    Cangerana desempenhou papel de destaque em eventos de grande relevância para o governo de São Paulo. Em junho, acompanhou Tarcísio de Freitas em Portugal, durante a apresentação da Sabesp a investidores estrangeiros. Também esteve ao lado do governador em Brasília em compromissos com o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, o presidente da Câmara, Arthur Lira, e ministros do Supremo Tribunal Federal (STF), como Luiz Fux e Roberto Barroso.

    A operação Tai-Pen e as fintechs envolvidas

    A prisão de Cangerana foi decretada pela 7ª Vara Criminal Federal. A Operação Tai-Pen identificou que as fintechs suspeitas realizaram transações entre empresas e pessoas físicas que totalizaram impressionantes R$ 120 bilhões nos últimos anos. Parte dessas movimentações estaria relacionada ao esquema de lavagem de dinheiro do PCC. O afastamento do capitão da Polícia Militar foi determinado pela Diretoria de Pessoal da corporação e está em vigor desde a sua prisão preventiva.

    Com a investigação em andamento, o caso lança luz sobre possíveis falhas nos sistemas de controle de nomeações e acompanhamento de servidores públicos. Além disso, evidencia a complexidade do combate às estratégias financeiras sofisticadas adotadas por organizações criminosas no Brasil.

    A Polícia Militar de São Paulo e a Polícia Federal seguem trabalhando em conjunto para aprofundar as investigações e determinar o alcance do envolvimento de Cangerana no esquema.

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