Ex-secretário da Receita do governo Bolsonaro elogia Marçal: 'fala tudo que um liberal quer ouvir'
Apesar dos elogios, Marcos Cintra disse que, por ora, não tem interesse em se envolver diretamente na campanha do ex-coach de extrema direita
247 - Marcos Cintra, ex-deputado federal e ex-secretário da Receita Federal do governo Jair Bolsonaro (PL), demonstrou apoio à candidatura do ex-coach e empresário de extrema direita Pablo Marçal (PRTB) à prefeitura de São Paulo. "Ele fala tudo que um liberal como eu quer ouvir: defesa do livre mercado, empreendedorismo, combate à corrupção", afirmou Cintra, famoso por idealizar o imposto único,
Ainda segundo ele, “Marçal é um furacão que está chegando e colocando toda a classe política profissional em pânico. É um gênio da comunicação, sem o pseudo-intelectualismo a que as elites estão acostumadas ". Os elogios ao candidato de extrema direita foram feitos à coluna Painel, da Folha de S. Paulo, e em postagem na rede social X, antigo Twitter.
A campanha de Marçal recebeu com entusiasmo o apoio de Cintra, reconhecendo nele uma figura que pode trazer mais peso intelectual à candidatura. Uma das críticas ao candidato, porém, é sua falta de experiência administrativa e o fato de se cercar principalmente de influenciadores e ativistas digitais.
Aliados de Marçal acreditam que Cintra, que ocupou cargos importantes no início do governo Jair Bolsonaro (PL) e coordenou vários programas governamentais, poderia contribuir com ideias e, possivelmente, com a gestão futura do candidato.
Apesar dos elogios, Cintra afirmou que ainda não tomou uma decisão final sobre seu voto. “Preciso saber mais sobre a pessoa dele, ver como ele é de fato, o que já fez. Quero saber se essa questão de coach não é uma espécie de encantamento, uma lavagem cerebral”, comentou.
Sobre as acusações e processos enfrentados por Marçal, Cintra minimizou a importância, dizendo que, quando jovem, o candidato teve envolvimentos que hoje estão legalmente resolvidos.
Embora a campanha planeje aproximar Cintra de Marçal, ele declarou que, por ora, não tem interesse em se envolver diretamente, mas não descartou a possibilidade de uma colaboração futura caso o candidato seja eleito prefeito. "Não tenho o menor interesse nisso agora. Se ele chegar a virar prefeito e chamar como uma ajuda técnica, é outra coisa", afirmou.
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