Gestão Tarcísio registra salto de 80% nas investigações por homicídios cometidos por policiais em SP
Só em 2024, foram 547 procedimentos até 5 de dezembro
247 - O número de inquéritos militares que apuram homicídios cometidos pela Polícia Militar em São Paulo cresceu 80% desde o início do governo de Tarcísio de Freitas (Republicanos), em 2023, informa a Folha de S. Paulo. No primeiro ano da gestão de Tarcísio, foram 332 inquéritos desse tipo, enquanto em 2024 foram 547 procedimentos até 5 de dezembro. Em 2022, último ano da gestão de João Dória (PSDB) e Rodrigo Garcia (PSDB), foram 185.
A maior marca anterior havia sido registrada em 2020, sob a gestão de João Doria, quando 615 inquéritos chegaram à Justiça Militar. Em 2023, a situação se agravou com a nomeação do ex-capitão da PM Guilherme Derrite (PL) para chefiar a Secretaria de Segurança Pública (SSP).
Questionada sobre o aumento, a SSP afirmou à Folha que as investigações são monitoradas pelas corregedorias das polícias Civil e Militar, além do Ministério Público e do Poder Judiciário. “As polícias do estado não compactuam com desvios de conduta de seus agentes, punindo exemplarmente àqueles que infringem a lei e desobedecem aos estritos protocolos estabelecidos pelas instituições”, informou a pasta. Desde janeiro de 2023, mais de 280 policiais foram expulsos ou demitidos, enquanto 414 agentes foram presos, segundo a SSP.
Após investigação, os IPMs são encaminhados ao Ministério Público, que pode pedir arquivamento ou apresentar denúncia à Justiça Militar. Casos de homicídio doloso são enviados à Justiça comum, onde o Tribunal do Júri decide sobre a culpabilidade.
A gestão Tarcísio registrou taxas de envio à Justiça comum de 84,6% em 2023 e 73,9% em 2024. Em comparação, entre 2020 e 2022, sob Doria e Garcia, cerca de 90% dos inquéritos foram remetidos ao Judiciário comum.
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