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Governador do RJ defende abordagem da PM realizada contra adolescentes negros filhos de diplomatas

O Ministério da Igualdade Racial classificou a condução dos agentes militares como violenta e irresponsável

Cláudio Castro (Foto: Tomaz Silva / Agência Brasil)

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247 – O governador do Rio de Janeiro, Claudio Castro, defendeu nesta terça-feira (9) a atuação da Polícia Militar no caso recente envolvendo filhos de diplomatas. A declaração foi feita durante a entrega de um certificado de qualidade internacional à Central 190 da Polícia Militar, no Centro Integrado de Comando e Controle (CICC). Na ocasião, o governador criticou a maneira como o caso foi tratado pelo Ministério das Relações Exteriores.

No episódio ao qual Castro fez referência, um grupo de adolescentes, sendo três deles negros, foi abordado em Ipanema, na Zona Sul do Rio. Em vídeos da câmera de segurança de um prédio, os jovens aparecem chegando na portaria quando uma viatura da PM sobe na calçada e policiais descem do carro armados. Eles obrigam os jovens a encostar na parede.

Segundo o relato dos adolescentes, apenas os jovens negros foram submetidos à revista. As famílias deles acusam a Polícia Militar de racismo.

Para Claudio Castro, a ação da PM responde às demandas dos moradores do bairro, que frequentemente relatam delitos praticados por jovens. Ele também acredita que o caso não foi um ato de racismo.

“Naquela região ali, o que os moradores mais reclamam é exatamente dos assaltos feitos por jovens. Aquele policial tá ali, como todos os outros que estão ali, procurando exatamente situações de jovens praticando delitos. O pessoal ficou falando da questão de racismo, mas tinham jovens negros e brancos. Então se houve algum erro, a Corregedoria tá investigando”, disse.

Na ocasião, o Ministério das Relações Exteriores (MRE) fez um pedido formal de desculpas às famílias dos três adolescentes negros filhos de diplomatas e solicitou a responsabilização dos policiais envolvidos na abordagem. Em outra frente, o Ministério da Igualdade Racial classificou a condução dos agentes militares como violenta e irresponsável.

“Espero por parte do Itamaraty um pouco mais de respeito e consideração pela Polícia Militar. Quando os filhos deles estão aqui quem vai defender é a polícia. Então atacar a polícia sem ao menos ligar antes para dialogar…”, declarou Castro.

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