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    Idealizador de suposto plano de sequestro de Sérgio Moro é assassinado em penitenciária de São Paulo

    Janeferson Aparecido Mariano teria sido assassinado na Penitenciária de Presidente Venceslau a mando da cúpula da facção criminosa Primeiro Comando da Capital (PCC)

    Sergio Moro (Foto: Pedro França/Agência Senado)

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    247 - Janeferson Aparecido Mariano, conhecido como Nefo, de 48 anos, apontado como o idealizador do suposto plano de sequestro do senador e ex-juiz suspeito Sérgio Moro (União Brasil-PR) foi assassinado na Penitenciária de Presidente Venceslau  a mando da cúpula do Primeiro Comando da Capital (PCC). O presídio é conhecido como um dos principais redutos da facção criminosa no estado de São Paulo.

    Segundo o jornalista Josmar Jozino, do UOL,  fontes internas do sistema prisional teriam revelado que “Nefo teria falado demais e, por isso, acabou morto a mando da célula restrita do PCC, responsável por coordenar atentados terroristas e ataques contra prédios públicos e autoridades, como promotores de Justiça, políticos, policiais e agentes penitenciários”. 

    Nefo foi preso em março do ano passado durante a Operação Sequaz, conduzida pela Polícia Federal para desarticular a quadrilha que ele liderava. Na mesma operação, outras oito pessoas também foram detidas. Além de Sérgio Moro, o grupo planejava o assassinato do promotor de Justiça Lincoln Gakya.

    As investigações revelaram que Nefo já possuía um histórico criminal extenso, tendo sido processado em São Paulo por furto e extorsão mediante sequestro. Ele também foi acusado de liderar um motim em Franco da Rocha (SP). Sua namorada também estava sob vigilância da Polícia Federal.

    Em maio do ano passado, a juíza Sandra Regina Soares, da 9ª Vara Federal de Curitiba, aceitou a denúncia contra 13 acusados, incluindo Nefo, pelos crimes de organização criminosa e extorsão mediante sequestro. Entre os réus estão Claudinei Gomes Carias, conhecido como Nei, e outras pessoas próximas de Nefo.

    Os outros acusados, identificados pela Polícia Federal a partir da denúncia de um ex-integrante do PCC ao Gaeco (Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado), enfrentam acusações similares. O delator, que forneceu detalhes sobre os envolvidos, revelou que Nefo o ameaçava de morte, reforçando a sua posição de liderança dentro da facção.

    Conforme o delator, o sequestro de Sérgio Moro visava utilizá-lo como moeda de troca para a libertação de líderes do PCC presos em presídios federais, especialmente em Brasília (DF) e Porto Velho (RO).

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