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    Jovem baleada por agentes da PRF segue em estado gravíssimo

    Segundo o hospital municipalizado Adão Pereira Nunes, em Duque de Caxias, Juliana apresentou boa resposta ao procedimento cirúrgico

    Juliana Leite Rangel, de 26 anos, foi baleada na BR-040 (Foto: Reprodução)
    Guilherme Levorato avatar
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    247 - Juliana Leite Rangel, 26, baleada por agentes da Polícia Rodoviária Federal (PRF) na véspera de Natal, permanece em estado gravíssimo. A jovem está internada no hospital municipalizado Adão Pereira Nunes, em Duque de Caxias, onde é acompanhada pelo serviço de neurocirurgia. Segundo a unidade de saúde, a tomografia realizada após a retirada de um dreno na quinta-feira (26) revelou que Juliana apresentou boa resposta ao procedimento cirúrgico. Contudo, o quadro neurológico segue inalterado e exige cuidados intensivos, informa o jornal O Globo

    Informações falsas sobre a morte de Juliana circulam nas redes sociais e até chegaram a ser enviadas aos pais dela, aumentando a angústia da família. A Prefeitura de Duque de Caxias desmentiu os boatos e informou que a paciente está sedada, sem piora no estado clínico.  

    Tiros em família na Rodovia Washington Luís - Juliana estava em um carro com a família, rumo a uma comemoração em Niterói, quando o veículo foi atingido por uma sequência de tiros disparados por agentes da PRF na Rodovia Washington Luís (BR-040). O pai dela, Alexandre da Silva Rangel, de 53 anos, foi baleado na mão esquerda. No carro, também estavam a mãe, Deyse Rangel, de 49 anos, o irmão de 17 anos, a namorada dele e o cachorro da família.  

    Segundo Deyse, cerca de 30 disparos foram efetuados contra o automóvel, deixando os ocupantes em completo desespero. A mãe da jovem denuncia que os agentes não prestaram socorro imediato, atitude que só mudou após a chegada de uma patrulha da Polícia Militar.  

    — "Quando paramos, eles viram que fizeram besteira. Aí, do nada, uma patrulha da PM apareceu, perguntou o que estava acontecendo, e um policial pediu para checar a minha filha. Ele falou para mim que ela ainda estava respirando", contou Deyse.  

    A mãe relatou que os agentes rodoviários ficaram desorientados e somente depois colocaram Juliana em um veículo para transportá-la ao hospital.  

    PRF afasta agentes e abre investigação - Os policiais rodoviários envolvidos foram afastados preventivamente das atividades operacionais, segundo nota divulgada pela PRF. A Corregedoria-Geral da corporação abriu um procedimento interno para apurar os fatos, enquanto a Polícia Federal conduz uma investigação paralela.  

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