Jovem baleada por agentes da PRF tem nova melhora e estado de saúde é regular, diz boletim médico

247 - A agente de saúde Juliana Leite Rangel, de 26 anos, que foi baleada na cabeça por agentes da Polícia Rodoviária Federal (PRF) em 24 de dezembro, segue se recuperando de forma progressiva, conforme boletim médico divulgado nesta sexta-feira. A jovem, que deu entrada em estado gravíssimo no Hospital Municipalizado Adão Pereira Nunes (HMAPN), apresenta uma evolução positiva no quadro de saúde. As informações são do jornal O Globo.

De acordo com o hospital, o estado de Juliana é regular, e ela vem apresentando melhoras clínicas a cada dia. A sedação foi completamente suspensa nesta quinta-feira, e a jovem já responde de forma espontânea ao ambiente.

"Com a paciente apresentando boa resposta", afirmou o boletim médico, destacando também que Juliana agora inicia os testes para períodos fora do respirador e com respiração espontânea. Ela ainda segue em ventilação mecânica, após ter sido submetida a uma traqueostomia em 30 de dezembro, mas os médicos destacam que a evolução continua a cada dia. O processo de desmame da ventilação mecânica será conduzido conforme a tolerância de Juliana, sendo ajustado à medida que ela continue a melhorar.

Em relação ao quadro neurológico, o boletim esclarece que Juliana tem apresentado progresso no nível de consciência, interagindo espontaneamente com o meio, mas que, no momento, não é possível realizar uma avaliação completa sobre possíveis sequelas permanentes. Ela segue sendo monitorada de perto pela equipe multidisciplinar, em conjunto com o serviço de neurocirurgia. "Do ponto de vista neurológico, a paciente vem progredindo o nível de consciência, sem novos déficits", informa o relatório.

Juliana foi baleada na noite do dia 24 de dezembro, quando estava com sua família a caminho de Niterói, onde iriam celebrar o Natal. Alexandre Rangel, pai da jovem relatou ao "Fantástico", da TV Globo, o momento da abordagem: "eu estava a 90 (km/h). Aí olhei pelo retrovisor e vi aquele giroscópio. Pensei que era uma ambulância, liguei a seta. Dei passagem. Mas só quando ele chegou perto, jogou (a viatura) atrás de mim. Falei: "Ih, não passou, não". Aí liguei a seta e voltei. Quando eu voltei, mandaram bala, sem parar".