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Justiça determina a primeira condenação nas investigações do assassinato de Marielle Franco

Edilson Barbosa dos Santos foi acusado de tentar atrapalhar as investigações sobre o crime

Marielle Franco e o mecânico Edilson Barbosa dos Santos, conhecido como Orelha (Foto: Câmara Municipal do Rio / Reprodução )

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Por Fábio Matos, InfoMoney - Edilson Barbosa dos Santos, conhecido como “Orelha”, é o primeiro condenado no âmbito da investigação sobre o assassinato da vereadora Marielle Franco (PSOL-RJ) e de seu motorista, Anderson Gomes, em março de 2018.

Em decisão proferida pelo juiz Renan de Freitas Ongaratto, da 39ª Vara Criminal do Rio de Janeiro, Orelha foi sentenciado a 5 anos de prisão por tentar atrapalhar as investigações sobre o crime.

A denúncia contra Orelha, que é dono de um ferro-velho, foi oferecida pela força-tarefa do Grupo de Atuação Especial de Repressão ao Crime Organizado (Gaeco). De acordo com as investigações, ele tentou atrapalhar a atuação dos policiais ao destruir o carro utilizado na noite do crime em um desmanche no Morro da Pedreira, zona norte do Rio.

Segundo a delação premiada de Élcio de Queiroz – um dos presos como executor do crime, ao lado de Ronnie Lessa –, Orelha teria sido acionado pelo ex-bombeiro Maxwell Simões Corrêa, o Suel, que também está preso, para se livrar do veículo usado no atentado contra Marielle e Anderson.

De acordo com o juiz, Orelha “tinha consciência da gravidade das infrações penais que estavam sendo investigadas, especialmente porque “todos os jornais, redes sociais e demais veículos midiáticos noticiavam o ocorrido, sua gravidade e possíveis repercussões”.

O magistrado anota, ainda, que a destruição do automóvel “dificultou as investigações, “reforçando a sensação de impunidade”.

“A destruição do carro embaraçou as investigações daqueles homicídios, impossibilitando a realização de perícia criminal no veículo”, afirma o juiz.

Em junho deste ano, o Supremo transformou em réus o conselheiro do Tribunal de Contas do Rio de Janeiro (TCE-RJ) Domingos Brazão; o irmão dele, Chiquinho Brazão, deputado federal (sem partido-RJ); e o ex-chefe da Polícia Civil do Rio de Janeiro Rivaldo Barbosa.

Eles são apontados como os mandantes do crime e respondem pelos crimes de homicídio e organização criminosa. Todos estão detidos em presídios federais.

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