Lula manda PF acompanhar investigações sobre assassinatos em assentamento do MST
Grupo de aproximadamente dez homens fortemente armados invadiu assentamento de Tremembé, interior de SP, em carros e motos, disparando contra os moradores
247 - O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) determinou que a Polícia Federal acompanhe as investigações sobre o ataque a tiros que resultou na morte de três agricultores no assentamento Olga Benário, do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST), em Tremembé, interior de São Paulo. A decisão foi comunicada pelo ministro do Desenvolvimento Agrário e Agricultura Familiar, Paulo Teixeira, que afirmou estar se dirigindo ao local a pedido do presidente para acompanhar de perto as investigações.
“Indo a Tremembé, a pedido do presidente Lula, para acompanhar as investigações do atentado que levou a óbito três agricultores do assentamento Olga Benário. No total foram oito atingidos. O presidente Lula determinou que a Polícia Federal também acompanhe as investigações”, publicou Teixeira nas redes sociais.
O ataque ocorreu na noite de sexta-feira (10), quando um grupo de aproximadamente dez homens fortemente armados invadiu o assentamento em carros e motos, disparando contra os moradores. As vítimas fatais foram identificadas como Valdir do Nascimento, conhecido como “Valdirzão”, de 52 anos; Gleison Barbosa de Carvalho, de 28 anos, neto de Carlão, também integrante do MST; e Denis Carvalho, de 29 anos, que havia sido levado para o hospital com um tiro na cabeça, colocado em coma induzido, e não resistiu, segundo o Brasil de Fato. Outros cinco agricultores ficaram feridos, alguns em estado grave, e seguem hospitalizados.
O assentamento Olga Benário abriga cerca de dez famílias, incluindo crianças e idosos. A violência do ataque gerou forte comoção entre os integrantes do MST e de entidades de direitos humanos, que denunciam a falta de segurança nos territórios de reforma agrária.
Em nota divulgada nas redes sociais, o MST repudiou o atentado e cobrou providências das autoridades. “Neste momento de profunda dor, o Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra se indigna perante a violência e a falta de políticas públicas de segurança nos territórios, que põem a vida de tantos em constante risco. Aos nossos mortos, nenhum minuto de silêncio, mas uma vida inteira de luta!”, declarou o movimento.
O ministro Paulo Teixeira informou que o crime já foi comunicado ao secretário de Segurança Pública de São Paulo e que medidas estão sendo tomadas para identificar e prender os responsáveis pelo ataque.
O Ministério dos Direitos Humanos, por meio do Programa de Proteção aos Defensores de Direitos Humanos, Comunicadores e Ambientalistas (PPDDH), disse em comunicado que oferecerá assistência para as lideranças do assentamento e sua coletividade. O Ministério da Justiça e Segurança Pública determinou que a PF instaure um inquérito para investigar o ataque, segundo comunicado.
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