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    Marçal diz que manterá estratégia de cortes de vídeos de debates contra rivais nas redes sociais

    "Se sentou do meu lado já vai sair em corte poderoso", disse o ex-coach e empresário de extrema direita

    Pablo Marçal (Foto: Reprodução/YouTube/CNN Brasil)

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    247 - O ex-coach e empresário de extrema direita Pablo Carçal, candidato do PRTB à Prefeitura de São Paulo, afirmou que continuará utilizando sua estratégia de cortes de vídeos durante os debates eleitorais. Em entrevista ao Flow Podcast nesta quarta-feira (28), Marçal destacou a necessidade de uma “reciclagem” na Justiça para compreender melhor as redes sociais.

    Na entrevista, segundo o jornal O Estado de S. Paulo, Marçal afirmou que utiliza técnicas de storytelling em seus embates e revelou que durante o primeiro debate promovido pela Band em 9 de agosto, já estava preparado com sua carteira de trabalho, mas sentiu que o ambiente não tinha a “energia” necessária para utilizá-la.

    “Foi um investimento de uma hora para entrar no emocional dele”, disse Marçal sobre as provocações feitas ao adversário Guilherme Boulos (PSOL) no debate promovido pelo jornal O Estado de S. Paulo, portal Terra e Faap em 14 de agosto. Ele mencionou, ainda, que Boulos foi sorteado para ficar ao seu lado no próximo debate, o que, segundo ele, resultará em um “corte poderoso”.

    Durante a entrevista, Marçal também afirmou que no processo eleitoral é preciso “ser um idiota” e que levantará a bandeira branca após as eleições. Ele criticou a abordagem de outros candidatos, mencionando um episódio no debate da revista Veja onde, segundo ele, a falta de “baixaria” não gerou repercussão.

    "No debate da Veja, a outra pessoa que veio para cima de mim só veio com baixaria de último nível. Aí eu falei, eu não vou cair neste jogo. Engraçado. Não deu um corte, não gerou nada. Não dá nada. É como se você perdesse seu tempo ali, naquele lugar", disse. 

    Marçal também comentou sobre a decisão da Justiça Eleitoral que pediu a retirada do ar de seus perfis nas redes sociais no último sábado (24), por indícios de abuso de poder econômico e uso indevido dos meios de comunicação. Ele afirmou que não publicará o direito de resposta de Boulos em suas redes sociais devido à suspensão de suas contas.

    Em outra decisão, o TRE-SP restabeleceu o direito de resposta de Boulos nas redes sociais de Marçal, considerando que as expressões utilizadas por Marçal em seus vídeos eram ofensivas à honra e à imagem de Boulos, configurando propaganda eleitoral negativa.

    Questionado sobre sua candidatura, Marçal revelou que começou a considerar a oportunidade no ano passado e expressou o desejo de entrar no PL, o mesmo de Jair Bolsonaro. Ele também mencionou sua candidatura à Presidência em 2022 pelo PROS, partido que permitiu sua filiação entre 30 siglas.

    Marçal destacou sua admiração pelo presidente Lula (PT) por permanecer no mesmo partido por tanto tempo, e comentou sobre as dificuldades de lidar com a dinâmica interna dos partidos políticos.

    O candidato também mencionou uma recente conversa com o vereador carioca Carlos Bolsonaro (PL-RJ), com quem “resolveu” desentendimentos. Marçal e o clã Bolsonaro trocaram ataques nas últimas semanas, mas Carlos selou a paz com o ex-coach em um post no X, na quarta-feira (28).O ex-coach também expressou seu apoio ao empresário e influenciador Renato Cariani, acusado de tráfico de drogas, associação para o tráfico e lavagem de dinheiro, afirmando acreditar na sua inocência.

    A relação entre Marçal e Cariani tem sido utilizada por adversários políticos, como a deputada federal Tabata Amaral (PSB), que recentemente publicou um vídeo associando Marçal ao crime organizado.

    Por fim, Marçal comentou sobre um vídeo em que tenta fazer uma mulher levantar da cadeira de rodas, expressando arrependimento por ter feito a oração durante o evento que já tentou ressuscitar pessoas. "Eu já fui no velório para ressuscitar pessoas. Eu acredito nisso, ainda vou ver isso. O fato de eu ser um fracassado ainda, que as orações não funcionaram, não invalida que eu vá conseguir. Eu quero ser um cristão que vê isso, porque isso para mim é um certificado", afirmou. 

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