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    Nikolas Ferreira revela que está sonhando com um golpe de Estado contra Lula

    Deputado quer impeachment, mas a economia brasileira está bombando

    Presidente Luiz Inácio Lula da Silva (à esq.) e Nikolas Ferreira (Foto: ABR | Câmara dos Deputados)
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    247 - O deputado federal Nikolas Ferreira (PL-MG) pediu o impeachment do presidente Luiz Inácio Lula da Silva em uma postagem publicada nesta sexta-feira (20) na rede social X. 

    “Vontade de uma manifestação no Brasil inteiro pedindo ‘Fora Lula’, cartazes de ‘ninguém aguenta mais’, gritos de ‘a próxima vai ser maior’, vendo a mídia ter que dar o braço a torcer que reuniu todas as classes, o centrão abandonando o Lula e o presidente da Câmara não tendo outra escolha”, escreveu o parlamentar.

    Apesar da proposta sugerida pelo bolsonarista, a economia apresenta sinais positivos. O Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea) revisou a projeção de crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) brasileiro de 3,3% para 3,5% em 2024. 

    Pela ótica da produção, o Ipea prevê uma alta de 0,5% para o setor de serviços, na comparação dessazonalizada, com crescimento de 3,6% em relação ao mesmo período do ano anterior. Mesmo com um ritmo moderado, o Ipea espera que os serviços continuem como um dos principais motores de crescimento do PIB, acumulando altas de 3,7% e 2,4% para 2024 e 2025, respectivamente.

    A previsão para a indústria é de avanço de 0,3%, com alta de 2,6% em relação ao quarto trimestre de 2023. Espera-se que o PIB industrial registre uma expansão de 3,3% em 2024, em um contexto de estoques ajustados e com o nível de utilização da capacidade instalada operando acima de sua média histórica. Sob o efeito do ciclo de aumento das taxas de juros iniciado em setembro, o Ipea estima um desempenho mais modesto em 2025, com crescimento acumulado de 2,3%.

    Em relação à produção agrícola, com base nas projeções para o resultado da lavoura em 2024, divulgadas pelo Levantamento Sistemático da Produção Agrícola do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), os modelos do Ipea apontam para uma queda de 2,6% no PIB agropecuário no acumulado do ano e um crescimento projetado de 2,5% para 2025.

    Do lado da despesa, o Ipea prevê bom desempenho da formação bruta de capital fixo (FBCF) no quarto trimestre de 2024, com crescimento de 0,8% na série dessazonalizada, resultado compatível com a alta de 9,8% na comparação interanual. Para 2024 e 2025, o Ipea estima aumentos de 7,4% e 3,6%, respectivamente.

    O consumo de bens e serviços deve continuar crescendo, embora com menor folga no orçamento das famílias, em função de um cenário de inflação menos favorável, expectativa de menor impulso fiscal e crédito mais caro devido à política monetária contracionista, afirma o Ipea. A projeção de crescimento do consumo é de 0,2% com ajuste sazonal e de 5,1% em relação ao mesmo trimestre de 2023. 

    Para 2024, após um desempenho que superou as expectativas dos pesquisadores, o Ipea revisou o resultado acumulado para 5,1%. No entanto, com uma taxa de juros projetada para o fim de 2025 superior à anteriormente estimada, o consumo de bens e serviços tende a desacelerar, avançando apenas 2,6% em 2025.

    O consumo do governo deve crescer 0,9%, com alta de 1,5% em termos interanuais no quarto trimestre. No acumulado do ano, o Ipea prevê aumentos de 2% e 2,2% para 2024 e 2025, respectivamente.

    Também se espera uma contribuição positiva das exportações líquidas no quarto trimestre, com altas de 0,9% para as exportações e de 1% para as importações. Já na comparação com o mesmo período de 2023, a contribuição permanecerá negativa, com as exportações crescendo 4%, contra uma alta de 17,1% nas importações. 

    “No acumulado do ano, em 2024 e 2025, supondo um cenário externo sem maiores rupturas, as exportações cresceriam a taxas de 4,1% e 3,4%, enquanto as importações registrariam expansão de 15,0% e 4,4%, nessa mesma ordem”, afirma o Ipea.

    Emprego

    A taxa de desocupação recuou para 6,4% no trimestre de julho a setembro de 2024. De acordo com o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), que divulgou os dados nesta quinta-feira (31), “essa é a segunda menor taxa de desocupação da série histórica da PNAD Contínua do IBGE, iniciada em 2012, superando apenas a taxa do trimestre encerrado em dezembro de 2013 (6,3%)”.

    A população desocupada, que é o número de pessoas que não estavam trabalhando e procuravam por uma ocupação, diminuiu para 7,0 milhões. Conforme o IBGE, desde o trimestre encerrado em janeiro de 2015 este é o menor contingente. 

    “Com recuos significativos nas duas comparações: -7,2% no trimestre, ou menos 541 mil pessoas buscando trabalho, e -15,8% frente ao mesmo trimestre móvel de 2023, ou menos 1,3 milhão de pessoas”, completou o IBGE no texto da divulgação (com Abr).

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