Operação Escudo: dois PMs da Rota viram réus acusados de matar homem desarmado e plantar pistola na cena do crime
O laudo necroscópico revelou que a vítima foi atingida quatro vezes, com um tiro no queixo, um na coxa esquerda, um no braço direito e um nas costas
247 – A Justiça de São Paulo tornou réus dois policiais militares das Rondas Ostensivas Tobias de Aguiar (Rota) por matar um homem e plantar arma na cena do crime, simulando que a vítima estaria armada. O assassinato ocorreu no ano passado, durante a Operação Escudo na Baixada Santista.
Segundo a denúncia do Ministério Público de São Paulo (MP-SP), em 29 de julho de 2023, os agentes Rafael Perestrelo Trogillo e Rubem Pinto Santos teriam matado Jefferson Junio Ramos Diogo em uma favela situada na Rua Quatro, no Guarujá.
Os PMs alegaram que Jefferson teria apontado uma arma para eles e que, por isso, dispararam onze vezes contra a vítima e o atingiram. Mesmo ferido, os PMs afirmaram que Jefferson conseguiu escapar e, ao ser encontrado novamente, ainda estaria com a arma. Nesse momento, um dos policiais efetuou mais quatro disparos.
O laudo necroscópico revelou que Jefferson foi atingido quatro vezes, com um tiro no queixo, um na coxa esquerda, um no braço direito e um nas costas. Na época do incidente, pessoas próximas a vítima afirmaram que ele era dependente químico e vivia em situação de rua.
A Secretaria da Segurança Pública (SSP) de São Paulo declarou que os dois policiais militares foram afastados das atividades operacionais e remanejados para funções administrativas, conforme decisão judicial. Este é o segundo caso de denúncia envolvendo ações da polícia durante a Operação Escudo. (Com informações do g1).
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