PF vai solicitar novo inquérito para apurar fraudes em cartões de vacina em Duque de Caxias
Investigação envolvendo os cartões de vacinação de Jair Bolsonaro e seus aliados levou a PF a concluir que o esquema é mais amplo do que o imaginado inicialmente
247 - A Polícia Federal (PF) deverá solicitar ao Supremo Tribunal Federal (STF) a abertura de um novo inquérito voltado especificamente para investigar suspeitas de fraudes em cartões de vacinas na cidade fluminense de Duque de Caxias. Segundo a coluna da jornalista Camila Bomfim, do g1, as novas informações adicionadas à investigação atual, que foi aberta devido a suspeitas envolvendo os cartões de vacinação de Jair Bolsonaro (PL) e seus aliados, levaram a PF a concluir que o esquema de fraudes é mais amplo do que o imaginado inicialmente.
De acordo com a PF, as investigações necessitam de um foco mais detalhado e aprofundado. O pedido de abertura do novo inquérito deve ser incluído no próximo relatório sobre as investigações das vacinas, que será enviado ao STF nos próximos dias.
Nesta quinta-feira (4), a PF realizou buscas em endereços ligados ao ex-prefeito de Duque de Caxias Washington Reis (MDB-RJ) e à secretária de Saúde do município, Célia Serrano. Um dos objetivos das buscas é identificar se mais pessoas foram beneficiadas pelo esquema de fraudes.
Em março, a PF indiciou Jair Bolsonaro neste caso, mas a Procuradoria-Geral da República (PGR) solicitou que a PF realizasse diligências adicionais antes de considerar uma possível denúncia. Bolsonaro não foi alvo das buscas realizadas nesta quinta-feira, mas continua sendo um dos prováveis beneficiados do esquema, segundo as investigações da PF. A suspeita é de que muitos outros nomes também estejam envolvidos.
As buscas desta quinta-feira foram solicitadas pela PGR como parte do "aprofundamento" das investigações e autorizadas pelo ministro do STF Alexandre de Moraes, relator do caso. Durante buscas anteriores, os investigadores identificaram pessoas que recorreram à fraude nos cartões de vacina utilizando o esquema em Duque de Caxias, sem qualquer relação com Bolsonaro.
“Ou seja: a suspeita é de que o esquema não teria sido criado exclusivamente para beneficiar Bolsonaro e aliados – talvez, eles tenham recorrido a um ‘mecanismo’ que já existia antes”, destaca a reportagem.
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