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    Polícia Civil de SP afastará agentes citados por delator do PCC executado no Aeroporto de Guarulhos

    Denúncias de Antônio Vinicius Gritzbach indicam envolvimento de policiais com extorsões e ameaças. PMs que escoltavam o delator também foram afastados

    Antônio Vinícius Lopes Gritzbach (Foto: Reprodução )

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    247 - O delegado-geral da Polícia Civil de São Paulo, Artur José Dian, anunciou o afastamento de policiais e agentes citados nas delações do empresário e corretor de imóveis Antônio Vinicius Gritzbach, executado na semana passada no Aeroporto de Guarulhos, informa a jornalista Mônica Bergamo em sua coluna na Folha de S. Paulo. Acusado de lavagem de dinheiro para integrantes do Primeiro Comando da Capital (PCC) e apontado como mandante de um assassinato dentro da organização, Gritzbach havia formado um acordo de colaboração premiada com o Ministério Público de São Paulo, no qual revelou nomes de policiais civis supostamente envolvidos em práticas criminosas.

    Em sua colaboração, Gritzbach relatou ter sido vítima de extorsão e ameaças por parte de agentes da Polícia Civil. Além disso, a Polícia Militar de São Paulo também afastou oito de seus agentes que realizavam a escolta privada de Gritzbach devido a suspeitas de terem colaborado com a execução.

    O promotor Lincoln Gakiya, em entrevista à Folha de S. Paulo, detalhou as acusações do empresário contra a Polícia Civil. Segundo Gakiya, Gritzbach afirmou que, mesmo após denunciar policiais por extorsão à Corregedoria da instituição, as investigações foram arquivadas. “Ele já tinha ido até a Corregedoria [da Polícia Civil] para denunciar extorsões de policiais, e não deu nada. O caso foi arquivado. Foi quando ele veio nos procurar para propor a delação, já com mais provas de que havia sido alvo de extorsão e ameaçado", disse o promotor.

    O relato de Gritzbach ao Ministério Público incluiu episódios em que, durante a investigação da morte de um membro do PCC conhecido como Cara Preta, ele teve relógios, imóveis e dinheiro extorquidos. Além disso, ele alegou que policiais deletaram informações de seus celulares dentro da delegacia, dispositivos que continham conversas comprometedoras com os próprios agentes.

    Outro ponto revelado por Gakiya é a suspeita de vazamento das informações da delação. Segundo ele, dias antes de sua morte, Gritzbach esteve novamente na Corregedoria, acompanhado por colegas do Ministério Público, para prestar novos depoimentos contra policiais. Contudo, ele desconfiava que as informações haviam sido divulgadas indevidamente, pois um dos policiais denunciados, visto em uma foto com um relógio do empresário, teria retirado a imagem das redes sociais logo após o depoimento.

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