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    Polícia realiza operação para prender envolvidos no assassinato de médicos em quiosque no Rio

    Profissionais da saúde foram mortos por engano em meio à guerra entre traficantes e milicianos

    (Foto: Reprodução/TV Globo)
    Paulo Emilio avatar
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    247 - A Polícia Civil e o Ministério Público do Rio de Janeiro deflagraram, na manhã desta sexta-feira (20), uma operação para prender suspeitos de envolvimento no assassinato de médicos ortopedistas em um quiosque na Barra da Tijuca, zona oeste do Rio. O crime, ocorrido em outubro de 2023, chocou o país pela brutalidade e por ter vitimado inocentes.

    Segundo a CNN Brasil, os agentes das forças de segurança cumprem cinco mandados de prisão e três de busca e apreensão em diferentes localidades da zona oeste. A investigação revelou que os médicos foram mortos por engano, após um dos profissionais ter sido confundido com o miliciano Taillon de Alcântara Pereira Barbosa, apontado como chefe do grupo criminoso que domina a comunidade de Rio das Pedras.

    Segundo informações apuradas pela polícia, o crime ocorreu no contexto de uma disputa territorial entre a facção Comando Vermelho e milicianos locais. A facção estaria tentando expandir seu controle em áreas tradicionalmente dominadas pela milícia. A operação reforça a tese de que o ataque foi planejado para enfraquecer o domínio territorial dos milicianos na região.

    De acordo com os investigadores, o ex-miliciano Philip Motta Pereira, conhecido como "Lesk", foi peça-chave na escalada da violência. Após perder o controle da região da Gardênia Azul, ele buscou apoio financeiro e logístico do traficante Edgar Alves de Andrade, conhecido como “Doca” ou “Urso”. Com esse suporte, Lesk teria formado uma milícia armada, responsável por uma série de homicídios em bairros da zona oeste do Rio.

    Poucos dias antes do crime que vitimou os médicos, um dos líderes do tráfico teria ordenado a execução de Taillon de Alcântara, considerando-o um alvo estratégico para desestabilizar o poder dos milicianos em Rio das Pedras. A polícia acredita que a ordem de execução, equivocadamente, resultou no ataque que resultou na morte dos médicos.

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